terça-feira, 23 de novembro de 2010

Hallogallo

Acabei de chegar do show desses caras. Super bacaníssimo! Não tem como não lembrar do Gustavo vendo uma coisa dessas. Mas nem é uma lembrança amarga, também não é doce. Na verdade é uma lembrança sem gosto, pois nem sei se esse Gustavo que me lembro existe ainda.
É só.
Uma balada para Gustavo e espere a primavera, Bandini.

domingo, 21 de novembro de 2010

Children of god

Parece que eu não poderia ver outro filme, antes de escrever sobre as sensações do dia em que vi este. Tentei ver "Abutres" do Trapero, duas vezes e nada, na primeira o ônibus quebrou, na segunda os ingressos haviam esgotado.

Não sei se vou conseguir escrever coisas sobre o filme, afinal de contas eu assisto, gosto, sinto o cinema, mas não sou nenhuma crítica ou coisa assim. Bem sabe Nalija que não sou muito de discutir. Mas assim. A única coisa que eu não gostei foi o nome que colocaram na versão brasileira: “Amantes do Caribe”, ...essa é a parte mais desimportante do filme. O negócio marcante foi a libertação do Johnny, o garoto do filme. Identifiquei-me demais, um lance que se danem os outros e não vou mudar, pois sou assim e pronto. Muitas vezes não gosto da maneira que sou e quero mudar, mas se não consigo? O negócio é aceitar e tentar viver da melhor forma possível. Mas assim, se eu fechar meus olhos e poder abrir por um segundo, não sei do que me lembrar. Enfim...

Na saída do cinema encontrei com umas queridas que estavam para a próxima sessão, quase fiquei pra ver, mas precisava ficar com o gosto daquele filme na boca, e mais, precisava de uma celebração. Desci a Augusta em direção ao Studio SP, onde rolaria a tal celebração. Assim, sozinha, como na maioria das vezes. Eu estava com a força do filme pulsando, pensando que poderia fazer o que quisesse: e daí que eu estava sozinha naquele lugar? E daí que eu teria que dançar comigo mesma? E daí e daí?

O que atrapalhou foi o atraso, o ensaio aberto estava marcado pras 23h e só começou depois das 24h, quando o Holger começou a tocar, senti mesmo a alegria que precisava para terminar a noite. Uma festa, eles se divertem tocando e isso deu gosto de ver.

Fui pra casa feliz, o dia seguinte foi meio ruim, mas eu tava bem feliz. Bem mesmo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Devaneios de início de outubro

Ouvindo Starting Over do Lennon. Gosto. Tenho até vontade de escrever GÓSTO. E nem é por raiva no acordo ortográfico, mesmo por que essa palavra nunca foi escrita assim. É por que gosto mesmo. Bem muito, como disse Lisbela. Agora vem Kiss Kiss Kiss. Também gosto. Tenho a leve impressão que ela quis imitar a mocinha do Gainsbourg. Tem uma gemeção que lembra sexo. Na verdade nem sei quem veio antes. A yoko ono ou a Jane Birkin...mas tenho a impressão que essa última veio primeiro. Cleanup time. Essa não faz minha cabeça. Mas lembro do show do the mockers em que conheci esse doble fantasy do Lennon e fico gostando. Muito. Tomo cerveja num copo escrito FIEL. Assim, em letra maiúscula. Parece que fica mais gostosa. É uma loucurinha gostosa esse disco. Parece meio que brincadeira de namorados que têm uma puta sintonia. Parece que foi feito numa noite. Aquelas noites inteiras de conversa, sexo, conversa de novo, cochilo...sexo. Naquele clima de ver o dia amanhecer e gritar: pro mundo inteiro acordar e a gente dormir (porra). É que quando a claridade chega, parece que é a hora da festa acabar. O dia ouve a festa. E é melhor que ela fique oculta pra que não se torne vulgar. Por mais que de noite o silêncio fique mais alto e até os sussurros podem ser ouvidos. I’m losing you. Essa não diz nada. Não gosto. Daí vem Im moving you essa é a Yoko que canta. Nem sou fã de Lennon e Yoko. Isso é apenas um exercício, enquanto espero nessa sexta-feira de noite agradável um filme bom que vai ao ar num canal aberto. Sim, moro no centro de São Paulo e não aproveito as noites. “Você é louca, não tem amigos!” uma porca me disse isso. Há! Devo concordar. Mas isso que se dane. Bebo minha cerveja no copo em que além de FIEL, está escrito CORINTHIANS. Isso é bom. Ser Corinthians. Bem bom. Beautiful boy. Quando ouvi no show, achei que fosse uma canção de amor. Vi a letra depois, é para uma criança.

TV ligada no mudo em passione. Short de bolinhas e camiseta do Corinthians. Olha que engraçado, o Word coloca Corinthians com letra maiúscula. Pera aí, palmeiras, santos, são Paulo, internacional, grêmio, não. Nenhum. Watching the weels. Essa é bonitinha, mas nem lembro dela no show. Im your Angel essa eu passo por que é ruim. Juliana R, ouvi dando risada, puta voz do caralho. Bem, as duas brahmas que comprei já eram. Bora assaltar as Skols da roommate.

Definitivamente há males que vem pra bem. Feliz no emprego e em casa.

WOMAN.

Será que algum homem vai cantar essa pra mim. Linda linda. Linda. Bonita mesmo. Fico aqui ouvindo e lembrando que o cara da banda ofereceu essa música para todas as mulheres presentes. De alguma forma alguém a cantou pra mim. Dava nada por essa música. Agora é super gostoso. I Love you, ieie, now and forever. Ui. Eu quero. Quero ficar embreagada dessa idiotice que é o amor.

Olhos brilhando, satisfação.

Desaprendi.

Tenho pensado muito na história que não deu certo. Anhangabaú, mosteiro de São Bento – horas batendo papo lá dentro, edifício Martinelli. Bar do metrô. Beijo. Desajeitado, porém desejado. As coisas que não tem um fim certo, ficam mal resolvidas. Várias relações mal resolvidas. Todas as relações mal resolvidas. Beautiful boys. Dear Yoko – musiquita feliz! Oooooo Yokooooo! Bonitinho. Não, vai acabar. O filme vai começar. A que começou a tocar agora, foi a melhor do show. O Leon cakof vai falar um pouquinho e dá tempo de terminar de ouvir a música de nome grande. Um skazinho. E nem gosto de ska.

Gosto do quê?

Amanhã eu vou ao paca! \o/

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Tropa de Elite 2

Com mais de uma semana de atraso!


Ela não tem nada.
Não tem namorado, raros amigos, não tem rumo e não tem internet. Sim, ela não tem internet. Sofre por isso. Mais.
Ouve Cibelle, sua diva, ao lado de Andrea Dias. Cantoras meio que desconhecidas, mas que sim! Ela descobriu. Pela internet. Como todas as suas últimas emoções têm acontecido. Desde o namoro mal sucedido – simplesmente pelo fato de nem ter se iniciado – desde seu novo emprego. Sempre ela. A pandora da modernidade.
Segunda. Dia de cinema. Único dia de meia pra ela. Adora. Saiu de casa pro trabalho, pensando que no fim do dia veria “A Suprema Felicidade”. Água com açúcar? Sim, pode ser. Ela estava mesmo vivendo uma fase doce. Fase. Fase? Uma fase de...uma semana? Não, talvez cinco dias. Sim, estava passando por uma fase doce. Ela que é amarga, amarga não, azeda, reclamona, insatisfeita.
Por conta da idade das colegas que a acompanhava – e porque outra disse que esse seria um filme picante demais – optou por ver outro. Não menos indecente, talvez até mais. Mas como moda, todo excesso é perdoado. E ela não era daquelas que não via certa coisa por que estava na moda e mídia e tals. Já havia passado desta fase. Queria até ver o osso duro de roer, mas faltava-lhe o chute. Foi esse e foi.
Gostou. Gostou mais do que do primeiro. A exemplo de Kill Bill 2 que tem mais história do que porradaria. Apaixonou-se pelo capitão Nascimento. Pelo sofrimento e gélida existência. Pela frieza desfarçada, mas nem sempre escondida. Não seria ele também um membro da corrupção que assola o mundo? Ela, do alto de sua fase doce, desejava achar que não. Desejava achar que o capitão nascimento fosse mesmo um herói. Um herói. Não um anti-herói.
Queria passar o fim na noite em outro lugar que não fosse sua cama. Mas até hoje, só teve coragem de enfrentar – sozinha – a primeira parte da noite paulistana. A madrugada ainda era desconhecida.
Ela queria acalmar os nervos do capitão Nascimento. Queria acalmar os nervos de alguém. E assim acalmar os seus também.
Mas ela ainda toma coragem e só volta pra casa ao dia amanhecer.
Boa noite, você é uma princesa. E também uma bruxa.
As pessoas conseguem mesmo nos ver de fora.