domingo, 18 de abril de 2010

Depois da euforia inicial...

Está muito difícil...eu achei que seria bom, mas como as coisas estão se afigurando, vem bomba por aí...parece que é tarde demais pra voltar atrás, mas também não acho meios pra continuar...a gente se tortura de várias formas...Tenho medo eu também de me deprimir morando em São Paulo. Estou muito sozinha e todas as companhias possíveis, parecem em outra estação. A companhia que eu queria (e nem é sexualmente falando) criou uma barreraça e me trata com a maior indiferença do mundo...de verdade, que ideia um paulistano de nascença iria querer trocar com uma caipira, como eu.

Daí pensei que não, vou aproveitar da cidade sozinha mesmo...melancolicamente como nos filmes. Mas é difícil...nem eu, a que mais gosta de ficar só no mundo está conseguindo...e creio que venha mais bomba por aí.

Mas preciso estar bem, sobreviver.

sábado, 17 de abril de 2010

Tô com vontade de escrever, mas tudo que tenho para dizer agora é pessoal demais. Tenho um problema grande que é querer que os acasos aconteçam...não, eles não acontecem. Para acontecer na vida, tem que botar pra fazer...rs. Deixar o dar certo, esperar pelo outro, não, isso não funciona...mas fazer também, às vezes, é meter os pés pelas mãos...Ah, esse nem vai ter título...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Não sei enxergar as pessoas

"Falta de imaginação
Não creio que isso vá embotar o desejo, embora digam alguns que é de sua natureza buscar o difícil e desdenhar o fácil. Mas o certo é que, entre o desejo e a realização, o prazo diminuiu. Imaginação exige tempo, demora, frustração, desvio. Corpos se oferecem, se tomam, como cervejas, mas parece que, se aumentou o acesso físico ao corpo alheio, reduziu-se a capacidade de imaginar. Sexo, talvez, sem erotismo."
Trecho de artigo do filósofo Renato Janine Ribeiro.

Dá vontade de esquecer mesmo as relações...tudo acaba em frustração, em perda antes de chegar ao final do caminho. E parece que sempre será assim. Parece que está arraigado na cabeça dos homens, de que tudo o que vem fácil, não é gostoso...parece que as mulheres são sempre tratadas como um troféu que se conseguiu a muito custo. Não concordo em atribuir a uma mulher o rótulo de "fácil" só por que ela se entrega na relação com um cara. É toda muito subjetiva essa discussão...as pessoas dizem e se desdizem o tempo todo. As lésbicas lutam contra o preconceito, contra a discriminação, mas elas mesmas o fazem em relação às mulheres que não o são, como se só as mulheres que não gostassem de homens, gostassem de si mesmas. Li num blog feminista: "mulheres e lésbicas", rs...como se as lésbicas não fossem mulheres. Que segregação é essa? São todas mulheres e pronto, independente de com quem transam. Eu fico meio desacreditada de tudo. As pessoas todas não aceitam o que fogem ao seu modo de vida, e aí de quem não pertencer a um grupo...ai de quem for estrageiro como eu. Não se tem liberdade pra nada, tudo o que é diferente, não se encaixa, é repudiado. Esse texto está meio sem nexo, comecei a falar de uma coisa e terminei falando de outra, sem um elo entre ambas, mas isso aqui não é um teste e posso escrever da maneira que bem entender, esse espaço é meu e aqui eu me sinto muito bem. É que tenho pensado muito nessas coisas, de relacionamento, de feminismo, de autodeterminação, mas não consigo organizar as ideias. Estou vivendo experiências novas pra mim até então, estou me testando de fato, coisas estão acontecendo em minha vida. Confesso que não consigo lidar com as coisas, sempre meto meus pés pelas mãos. Muita gente costuma dizer que se aprende com relacionamentos anteriores. Eu não. Mas talvez, dessa vez, eu tenha evoluído bastante. Meu maior problema é que carrego uma chaga, que o tempo não faz curar...mania de perseguição, nunca consigo enxergar a verdadeira relação das pessoas comigo, sempre penso que estão me subjulgando, daí me revolto e a merda toda está feita. Eu não sei enxergar as pessoas, eu não sei.