sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Dois mil e dezenove

2019  foi o melhor e o pior ano da minha vida, nunca antes as sensações estiveram tão misturadas. Infelizmente, também foi o ano em que eu consegui me odiar e sentir nojo de mim, em muitos momentos.
Dei brechas para rever páginas que já haviam sido viradas, o bom é que não as li novamente. Foi o ano em que mais eu me maltratei e que me tratei com nenhum pingo de carinho. Isolei-me mais ainda, um isolamento vazio de sentido e de autoconhecimento.
Senti-me extremamente amada por uns e desprezada por outros.
Em contrapartida também aprendi demais, estudei demais e coloquei a força da criatividade para funcionar. Não uma criatividade beirando à brincadeira, mas embasada, estudada, aplicada. Eu sou grata demais a tudo de ruim que aconteceu comigo, pois vou usar a força do conhecimento para maturar e adubar a minha vida por muito tempo.
Eu odeio a data do meu aniversário, amo menos ainda o mês de dezembro, mas essa coincidência  de virar o ano próximo à virada do calendário é uma chance para eu ressignificar uma porrada de coisas, inclusive olhar com mais carinho para o último mês do ano. 
Agradeço a todos que fizeram parte desse meu ano louco, levantando a mão quando perguntados quem estava desde o início.
A vida é imprevisível! Não há controle sobre ela. O que resta é fazer carinho na nossa existência, cuidarmo-nos.
Espero que a chegada de 18/12/2020 seja menos dolorida e que fazer 40 anos possa vir acompanhado de muito orgulho de mim mesma.