sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Sexta-feira

"Ooooooi, tia"
- Olá!
"Vai Corinthians, Vai Corinthians!"
" O tia, tia, você sabia que meu time ganhou a Libertadores?"
Sim, sabia, eu tava lá!
" Você é corinthiana?"
Sou sim...

O diálogo acima aconteceu na Marginal Tietê, eu no carro e eles em um ônibus do projeto "Time do Povo" - eles estavam mostrando a camisa do referido projeto, assim como fazemos no estádio com a camisa do Corinthians na hora do hino nacional.

É o time do povo, é o Coringãããão!
Esse decálogo - sim, porque várias crianças estavam nas janelas do ônibus, cada uma falando uma coisa - aconteceu graças a uma coisa que todos odiamos: o trânsito.

Trabalho demais aqui, e só assim pra conseguir me manter. Essa é uma cidade que nos come sem que percebamos. Tenho alívio nos colegas. Colegas de trabalho, que em sua maioria são amigos.

Hoje à noite foi cansativo, não dei aula pra ir a um seminário na Universidade de São Paulo. A gente procura participar desse tipo de coisa, mas em se tratando de educação, é muito difícil ouvir toda essa baboseira acadêmica, de quem fica atrás de uma mesa, sem nenhuma experiência na prática.

Difícil também ouvir alguém pregando o como o capitalismo é nocivo, fazer cara feia com a apresentação cultural de alunos que vieram lá de São Bernardo e nem se dignar a assistir à apresentação.

A vantagem desse seminário será as discussões entre a gente. É muito reconfortante saber que tem gente trabalhando comigo que pensa como eu, e mais, aprender uma porrada de coisa de quem realmente tem experiência em educação, sendo tão jovem e tão apaixonado por essa profissão.

Amanhã temos mais. Esse texto tá bem sem pé nem cabeça. Estou cansada e sem saber fazer a ligação de uma coisa com outra. Queria escrever mais, porque o dia sendo simples e de muito trabalho, foi um tanto lindo também. Mas não consigo. Esse mesmo trabalho que me faz feliz, também me esgota. 

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A hora de partir já foi

O peso que não se sustenta. O mal estar que mastiga. As orações coordenadas. A vida na janela. A vida na poltrona do cinema. A espera que não chega. A situação que não muda. As orações subordinadas. O novembro dourado. A saudade. A dor. A pequenez. A insignificância. O pó. A ilusão. O engano. A força de vontade. A vontade. A gota de esperança. A amizade que não há. Não há. O resquício que persiste. A eterna perda. O desmerecimento. A eterna exclusão. A dor psicológica. A dor física. Os sentimentos são outros, mas a cegueira é a mesma; dos quatro lados da vida.