sexta-feira, 30 de julho de 2010

Águas revoltas

Pois bem, tenho preguiça de escrever.
Esses quatro meses e meio que estou em São Paulo, renderiam muitíssimas histórias, muita coisa aconteceu por aqui.
Aprendi a ficar mais dura, meu coração já não se encanta tanto quando de trata de relacionamentos afetivos, isso graças à quase relação que me trouxe pra cá - tanta era minha ânsia por me envolver afetivamente com alguém.
É, tinha tudinho pra dar certo - duas pessoas pessoas carentes, que há tempos não tinham nada duradouro e que estavam dispostas a se permitirem ter.
Não deu, nos atropelamos. Hoje, a única coisa que sobrou foi um oi amarelo nas parcas quatro ou cinco vezes em que nos reencontramos.
Não queria muito mais que isso não... talvez esperava um brilhozinho no olho que expressasse - que bom revê-la -, assim, sem ponto de exclamação mesmo.
Eu me perco muito pelo caminho, e saber disso já é meio caminho andado.
Estou ouvindo la valse d' Amelie, isso me deixa emocional demais, sei que isso pode parecer um paradoxo, mas entendam que o que mudou em mim foi a visão do relacionamento afetivo, aquele de duas pessoas, aquele de eu te amo, quero te ver todo dia e te amar pra sempre.
Esse parece que não me alcança mais. Isso é triste, mas não me faz choramingar.
Já disse aqui que gosto muito quando percebo o que está me acontecendo. Hoje em dia tenho me percebido por completo.
Não me vejo mais como uma pessoa pura, que não afetava as pessoas à minha volta. Vir pra São Paulo me fez perceber a pessoa ruim que habita em mim, a pessoa que manca com as outras, que se defende atacando, que fode com tudo e que coloca a culpa nos outros, mesmo sem querer, sem perceber na hora do fato.
Nunca sei como acabar meus escritos, acho que é por isso que faço tanto teste de emprego e não sou chamada. Conclusão não é comigo.

Essas séries de conclusões e rupturas têm detonado comigo.
Curiosamente acho muito bom, dá mais força pra ficar nesse mundo.
A gente não escolhe esse monte de bobeiras pelas quais precisa passar na vida. O negócio é tentar viver de boa, percebendo esse mundo terrível e sem se envolver muito com ele.
Vivemos na era do individualismo, não há como ser diferente.

E pra terminar,
pra domingo, ser corinthiano basta. estamos com as roupas e as armas de jorge. é tudo nosso.