terça-feira, 6 de novembro de 2007

noite após noite você se introduz na obscuridade do sexo dela, você envereda quase sem saber por essa estrada cega. às vezes, você fica ali, você dorme ali, dentro dela, durante a noite inteira, para estar pronto se por acaso, graças a movimento involuntário da parte dela ou da tua, lhe viesse o desejo de tê-la de novo, de fartá-la mais uma vez e de gozar apenas o gozo como sempre cego de lágrimas.
assim, no entanto, você pôde viver esse amor do único jeito que lhe era possível, perdendo-o antes que ele acontecesse.
trechos de a doença da morte, marguerite duras.

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