segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

gosto mesmo daquela feiura que há naquele hospital, pessoas tranfiguradas, pela dor e pela doença. pela pobreza. que pessoa melhor sou eu prá me dar o direito de achar que não preciso passar por isso. vê-se velhos e jovens perdendo as pernas, vê-se gente lutando pra cagar, sofrendo pra mijar. mijo que vem tão fácil quando se toma cervejas e cervejas, sorrindo no bar com os amigos. vê-se casais não casais, que por serem tão casais, não são casais. v^-se enfermeiras a chorar de exaustão. vê-se máscaras e luvas, cirroses e tuberculoses, necroses, mortes, venenos, suicídios, meningites. vê-se a vida na sua forma mais pedinte. vê-se esperança de cura e desejo de voltar pra casa e depois da esperança de cura e desejo de voltar pra casa, vê-se a morte.

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