segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

insubstâncias II

a minha cabeça me faz muito mal. estou aqui, tendo que acordar daqui a quatro horas e não vejo nem sombra de sono. primeiro por ter acordado às 10h00 e segundo porque minha cabeça é meu carrasco. poderia enumerar dez mil culpas alheias, mas ainda tenho sanidade para saber que culpa mesmo, niguém tem. nem eu mesma. agora liguei a tv. minhas ideias que nem existiam. se embaralham e não conseguem tomar forma no papel. ninguém é obrigado a nos querer sempre às voltas, o importante é querermos estar e estarmos. eu tenho conseguido colocar isso em prática, mas às vezes a situação é maior do que a força que tenho para enfrentá-la. e assim a minha cabeça roda, se desespera e coloca a culpa nas pessoas. e pior, ainda me tira o sono. eu queria dormir para esquecer e dormir também para descansar. "dormir e não sonhar, apenas dormir e não sonhar" . sem sucesso. 1h00 da manhã. eu sei que meu nome é sem jeito. faz tempo já. eu deveria ter feito isso a mais tempo. escrever. palavras desconexas. ai que ódio da minha cabeça. e da minha conduta. preciso de isolamento urgente. vontade de ser no mundo. estou sempre no gerúndio, no subjuntivo. eu quero o modo da certeza. quero viver a vida no indicativo.

madrugada de algum domigo de dezembro/2008
12h54.


ps: meu travesseiro também é péssimo.

Um comentário:

QuerubimYara disse...

"Ser indicativo"... E sem mais nem porquês resolvi justamente hoje, que considero praticamente um dia "gerúndio", reviver memórias lendo sua página. Conversas cheias de lembranças, outros tantos pensamentos persistentes e, confesso, intrusos... Há que se fazer o que para "sair de uma outra e cair em outra" (coisa, vida, pessoa, sensação, dor, realidade...)?
Nem ao menos consegui absorver como deveria as palavras que há pouco li! (riso)
De pronto, senti saudades da minha vida na mais plena companhia do meu eu... Bem assim mesmo, solitário e sem preocupações...
E quem venha os externo e tire logo de mim esta mania de sempre querer me "internar"...