sábado, 12 de março de 2011

Cisne

É que quando a gente desencanta tudo começa a encantar.
Minha garganta seca não me deixa dormir e meu nariz entupido ajuda nessa tarefa. Já são três da manhã e o dia seguinte, por mais que seja domingo é pequeno e cheio de coisas pra fazer.
Parte da vida está tranquila e outra não. Daí o motivo da falta de sono. Mas não, nada mais de indagações e coisas pequenas. Que tipo de mulher sou eu, que se preocupa com tão ínfimas mazelas?
Mas é a vida que segue. Preocupação para não me deixar parada num foco só. Tenho que ser tudo ao mesmo tempo agora e não ficar dividindo a vida em fases, em pedaços.
Sim, fui ver Cisne Negro e a parte que disse: a única pessoa que está em seu caminho é você mesmo, caiu como uma luva em minha vida.
Tenho um tanto da esquisofrenia de achar que o mundo conspira contra mim e que só eu estou certa...e sofro muito com isso.
E no mais sinto muitas saudades, saudade de pessoas, das ruas do interior, do cheiro das situações, da comida da Nalija, das histórias do Dennis, das pestinhas do quinto ano, da pulsação da Denise...e de tantas outras coisas.
Mas há mulher nova se formando. A antiga se quebra e se reconstrói a cada dia, todos os dias.
Sim, gratidão. Esse deveria ser meu nome.

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