quarta-feira, 27 de março de 2013

Dia 3 - Manhã

Nossa e tanto tempo passou, a preguiça imperou e eu não tive coragem de escrever mais nesse lugar.
O dia 3, na verdade, foi o primeiro dia mesmo da viagem. O dia que começamos a desbravar o Deserto do Atacama. 
Já devo ter dito, mas as coisas no Atacama são todas muito caras, sorte que os passeios têm, em sua maioria, a duração de meio período, portanto podemos sempre comer a nossa própria comida no conforto de nosso hostal, porque se fosse para comer fora sempre, gastaríamos muito.
Nesse dia acordamos às seis da manhã, a van passaria às sete e não queríamos atrasar. Estávamos muito próximas da agência de turismo então às sete em ponto estava Juan, o guia mais querido de todos os tempos, gritando pelo nosso nome.
Passamos nos outros hostals e hotéis e a maioria de nossos colegas eram brasileiros, claro, paranaenses, sul-matogrossenses e não me lembro mais quem...haha...
Embrenhamo-nos nas estradas adentro, e claro, no Atacama tudo parece igual, mas não é, cada parte é uma novidade.
Na estrada, muitos túmulos, enfeitados, cheios de flores, coloridos. A cada um que passávamos, Juan buzinava.
A primeira parada foi a Reserva Nacional dos Flamingos. Uma lagoa, em meio a um grande deserto de sal em cristais. Parecia que estávamos em outro planeta, pois aquilo é um nada muito nada. Há o espaço para os turistas passarem e em volta, um espaço imenso de sal, levemente amarronzado.
Confesso que nem me encantei muito pelos flamingos e sim pelo nada salgado que a nossa frente se mostrava, sempre com os vulcões como fundo.
Diversas vezes nessa viagem, chorei feito criança por estar inserida nesse nada. NADA.



A segunda parada seria nas lagunas altiplânicas. 
Mas antes disso, passamos em um povoado, chamado Socaire. Minúsculo. Só alguns nativos, cachorros que parecem ursos e uma igrejinha.
Nesse lugar me senti subversiva duas vezes, uma por tirar uma foto dos nativos - e completamente sem querer - e outra por tirar uma foto dentro de uma igrejinha, linda, linda...
Os nativos do Atacama não gostam de serem fotografados, inclusive uma das nossas colegas de passeio foi fazer isso e foi duramente repreendida por Juan. Pelas minhas pesquisas eu já sabia disso, mas a coitada da curitibana não...hehe...

Eles já ficam todos de costas, gente!


As lagunas altiplânicas são compreendidas pelas lagunas Miscanti e Miñiques, ambas aos pés dos vulcões de mesmo nome.
Foi aqui que fizemos o vídeo de uma das brisas da viagem, que não sabemos se por causa da altitude, foram muitas!

As Lagunas Altiplânicas são mágicas, dali não se quer sair. Pena que para fazer esses passeios com agências de viagem seja tudo tão rápido.
Ficamos um pouco na Miscanti, depois fomos à Miñiques, esta que para mim, é a mais bela.
Lugar de pura contemplação, duro é ter tempo para isso, Juan nos corria sempre, porque para as agências tudo é muito cronometrado.
Corridas, fomos em um lugar em que tínhamos uma visão mais completa e o que achamos lá foi um belo mirante, pena não podermos ficar mais tempo.



 Por mim a viagem poderia acabar ali de tanta beleza vista.




Feliz e serena, assim eu estava e assim gostaria de sempre estar. Aqui já estávamos nas Altiplânicas.


Tênis desse tipo são fundamentais para esse tipo de viagem. Não nos desgrudamos dos nossos e ainda o meu serviu de tala quando torci meu pé em Santiago, no meio da viagem.





Na volta, passamos por Toconao, onde, segundo Juan, existe a construção mais antiga no Chile.





Por hoje é só, estou com sono. Essa foi só a parte da manhã. À tarde, teve o Vale da Morte e o Vale da Lua.
É muito recompensador lembrar dessa viagem. É claro que parte da emoção se perdeu nos próprios ares do Chile, mas relembrar é sempre muito bom.

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