sábado, 10 de maio de 2008

- o fato é que eu até hoje não aceitei a maneira que vc acabou tudo comigo. por isso eu vivo tão machucada.o fato é que eu ñ acredito em mim de verdade p/ tentar nada com força e coragem de corinthiana...o fato é que eu nem sou corinthiana.como tbém nem gostava do faustão, da Portela, daquele teólogo que vc gosta (nem é o leonardo boff), de um molequinho aqui vizinho meu e de trilhões de coisas que eu adotei, por que vinham de vc...eu ainda nem descobri nietzsche. comprei dois livros dele e no fundo um deles sempre foi comprado pra vc. até seu jeito de não acreditar em deus eu acho lindo... e fico só tentando, insistindo, forçando...mirabolando mil jeitos de me tornar alguém e agora de arrumar uma maneira de viver em prudente, só p/ vc me enxergar... o fato é que estou muito cansada. o duro é que ñ consigo e ñ quero te tirar da minha vida. te amo, amendoim...



- o fato é que eu até hoje não terminei com vc à maneira que gostaria, gostaria vai no passado mesmo, por isso nos machucamos tanto.o fato é que não acredito em mim de verdade p/ tentar algo com vc.o fato é que eu tbém não gostava de uma porrada de músicas que hoje gosto, o fato é que nem nietzsche pode-se dizer que é mais meu do que seu. até do seu jeito de acreditar em deus, não disso eu não gosto não, mas se vc não percebeu, até nisso mudei um pouco. e fico só tentando, sonhando em arrumar um jeito de morar em prudente pra vc ir me visitar. o fato é que estou muito cansado. o bom é que não consigo e nem quero te tirar da minha vida. te amo Beleza. Do menino de boné e bermuda.



escreve-se coisinhas gostosas sem querer

sábado, 19 de abril de 2008

Sangue
A moleza que dá no corpo quando sai, é uma das melhores partes, me sinto mais feliz quando ele sai do que com o fato de estar salvando vidas de alguma forma. O ato de doar sangue, no meu caso, é um ato de extremo egoísmo, não penso na pessoa que possa receber meu sangue, quando penso em doar sangue, só penso em mim, no prazer de ver aquele líquido denso e do vermelho mais rico, sair das minhas veias, me dar aquela moleza gostosa e sem nenhuma dor...me sinto extremamente leve.

sábado, 12 de abril de 2008

quem quer vir aqui, me fazer companhia?

segunda-feira, 31 de março de 2008

e eu aqui teimando em escrever. perdi o sono. na verdade ele nem chegou. ele não tem vindo. todas as noites, há algum tempo, tem sido assim. ele demora a chegar e vai-se embora antes que o dia amanheça...uma espécie de amante. é engraçado, o sono tem sido o meu único amante, e o pior é que ele nem me afaga direito, nem se achega com carinho, não me abraça, nem envolve. ele se achega em forma bruta, em forma de necessidade. em forma de cansaço. não me deixa aproveitar dele com todas as delícias que pode proporcionar quando vem de forma gostosa, quando vem suave, quando vem em forma de descanso.
tô com saudade de ser envolvida. a única coisa que me envolve é a lembrança e a saudade. e essas duas me apertam e me fazem perder o ar. quando a falta de ar se achega é por que meu amante não virá tão cedo. me decidi levantar e escrever. que é bom, pois afasta a falta de ar. escrevo mesmo que as palavras não sejam boas.

sábado, 29 de março de 2008

eu gosto muito de estar alheia à tudo isso.
china, dengue no rio, gaza, israel, bush e seus iraques, afeganistãos e sei lá mais o que. só acredito em filosofia de boteco. é, nessas que agente comenta, briga, esbraveja e no dia seguinte só se lembra, por causa da ressaca, pois essa, é física, não há como esquecer.
uma delícia ouvir, quando menos se espera: oi professora!! será que sou uma super star, pra ser gritada assim na rua? podem chegar, abraço a todos...coisa mais linda são os alunos. mesmo gritentos, provocativos, eu os amo todos, até os que não conheço. me preocupando com eles, estarei fazendo algo de fato. protestos, indignação...a mão na massa mesmo, ninguém põe. e nem deve ser por mal não, é por que quem muito fala, nada faz. quem faz mesmo, se ocupa fazendo e não protestando. radical? talvez. mas nem...estou longe de qualquer radicalismo.
quem me conhece sabe, faço mil concessões.

quinta-feira, 27 de março de 2008

agora, só depois de dois anos estou dando meus passinhos de verdade. estou querendo mesmo e não me escondendo. sim, é de uma forma extremamente primária, mas de algum jeito teria de ser. tenho medo, muitos medos. tenho uma vontade imensa de ser verdadeira, competente, mas no início não tem como, isso virá, pois tenho consciência, virá com a experiência.
é muito gostoso sim dar aulas. com o tempo serei a professora que desejo. por enquanto, só projeto, ou melhor, mini projeto de uma.

domingo, 23 de março de 2008

hoje assim, feliz. com a beleza e calma de quem é feliz.
motivos? tenho um. intenso e sensível.
hoje tenho a calma de me fazer feliz e de gostar da minha própria vida.
hoje estou com a coluna ereta e o nariz empinado. puxando assunto, rindo e me divertindo com pessoas que nunca vi antes, com a falta da barreira que crio antes de abordá-las, como se eu fosse proibida de conhecê-las do nada, sem antes ser apresentada.
feliz sim.
páscoa hoje, será mesmo um momento de transição?
sim, tem sido a cada dia. e percebendo essas minhas falhas que me deixam feia, vou tentando me construir bonita. como especialmente hoje me sinto.

quinta-feira, 20 de março de 2008

azedume, esse é meu nome hoje. eu gosto de ouvir palavras de conforto, mas pra que servem? as palavras não ficam gravadas. direções? trava. quantas palavras bobas. ainda bem que isso é só meu, ou quase só meu. no início queria que fosse impessoal. pretensões de escritora mesmo, mesmo que sem nenhum talento. mas aos poucos mesmo sem querer a coisa para a ser pessoal demais, daí se apaga algumas coisinhas, deixa-se guardadas algumas como rascunhos e quando se dá conta, tá a vida aí toda escancarada. como se fosse mesmo um diário.

quarta-feira, 19 de março de 2008

hoje eu queria escrever algo bonito e tocante, emocionante. mas não consigo. nem sei se especialmente hoje, estou sentindo coisas tão emocionantes. meu desejo era sentir, pois a data 19/03, traduz o que de mais bonito e intenso aconteceu na minha vida. nada que eu imaginasse durar tanto tempo. nada que eu imaginasse se tornar tão significativo pra mim. nada que eu imaginasse me fazer tão feliz e me fizesse sofrer tanto também. depois dessa experiência, fica difícil chegar a uma outra no mesmo nível. parece que tudo é meio desbotado. as conversas não teriam o mesmo sabor. os pensamentos não bateriam tanto. o dia de hoje é como um aniversário pra mim. tem a mesma relevancia...gosto muito de aniversário. ai. queria escrever um texto grande. me falta transpiração.

terça-feira, 11 de março de 2008

insubstâncias

a menina de saia rodada não sabia o que queria ser quando crescesse e assim dizia às vezes: quando crescer, serei eu mesma. ela nunca soube que se ser é impossível. nunca se é, sem ser um pouco dos outros. ela escrevia nua em seu quarto e queria junto à sua pele, uma outra. pele e pelancas. pele e palavras moles. pele e olhares de amor. pele e bocas tortas. pele e um dedo que trabalha. pele pele pele.
-quer saber?
-não, não quero.
-mas por que você nunca quer ouvir o que quero dizer?
-então diz...
-não quero mais.
-então tá, é bom que você me poupa de frases feitas e pensamentos ultrafilosóficos.
levantou a cabeça, olhando com meio olho, virou-se deitando a cabeça novamente e deixou-se dormir um sono petrificado, sem ruídos.
e em meio à seus pensamentos ultrafilosóficos, também sem ruídos, imergiu num sono que há muito não experimentava.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

do jeito que te quis, nunca, nem um dia, vou querer mais. o que há dentro de mim é um vazio e eu já não tenho mais perspectivas utópicas, meu anseio político e revolucionário já adormeceu, minha vida se tornou numa apatia em que tudo está bem, que sempre há o lado bom das coisas ruins. meu coração aprendeu a ter tolerancia, e não sei até que ponto isso é bom. já me encerrei dentro de mim e seu olhar que antes tinha o poder, hoje já não me descerra mais. a catarse que é um sentimento essencial pra o movimento da roda dos mundos particulares, em mim já se tornou pó, já não existem mais lágrimas, não existe mais dor, os poemas já não fazem sentido, meus heróis onde estão? quem os matou? eu mesmo. com minha falta de vontade de lutar contra aquilo que me aniquila, com minha falta de utopia, com a carga de realidade que se instaurou nessas últimas décadas. os jovens envelheceram, os velhos são só lembranças do tempo em que mudavam o mundo, ou pior, são só o esquecimento.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

ela achou que passar o carnaval inteiro na posição horizontal, sem nada fazer a não ser, descansar e cansar um pouco, foi a melhor idéia de todos os tempos. numa cidade em que nada lembrava a época do oba oba, do alalaôôôôôô, a não ser o vazio e o silêncio de um lugar em que a tradição carnavalesca não é cultivada. quem poderia ter essa idéia tão fantabulosa? e o pote de ouro encontrado no último dia? maravilhamento. ela gosta da vida sim, apesar de não vive-la. vive?

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

variações
sweet heart
little flower
todo o sentimento canalisado naquela não possibilidade de gritar, de esbravejar, como uma veia entupida, prestes a fazer infartar o coração. porra! não sei escrever. o que faço com as minhas LETRAS? não sei escrever, não sei gramática, não sei ornar as palavras, fazer poesia. o insone tem sede e vontade de mijar. o insone resolve toda a sua vida durante a noite e quando o dia amanhece ele vê que não é bem assim. o insone é desassossego e falta de ar. o insone tudo o que ele quer é não sê-lo.
que vida inteira de pai e filha desperdiçada, recuperada nos últimos dias.
gosto mesmo daquela feiura que há naquele hospital, pessoas tranfiguradas, pela dor e pela doença. pela pobreza. que pessoa melhor sou eu prá me dar o direito de achar que não preciso passar por isso. vê-se velhos e jovens perdendo as pernas, vê-se gente lutando pra cagar, sofrendo pra mijar. mijo que vem tão fácil quando se toma cervejas e cervejas, sorrindo no bar com os amigos. vê-se casais não casais, que por serem tão casais, não são casais. v^-se enfermeiras a chorar de exaustão. vê-se máscaras e luvas, cirroses e tuberculoses, necroses, mortes, venenos, suicídios, meningites. vê-se a vida na sua forma mais pedinte. vê-se esperança de cura e desejo de voltar pra casa e depois da esperança de cura e desejo de voltar pra casa, vê-se a morte.
sentimento que infla no peito
e quase explode o corpo inteiro
dá dor, aperto, mastiga a alma e o espírito
e sãp coisas fascinantes
indescritíveis
alucinantes.
sorriso no rosto, vontade de gargalhar:
o frio
o sol iluminador do outono
beijo no ombro
primeira
U.T.I.
hospital todo
cada parte
cada auxiliar
muita saudade
proximidade
vivência em dois meses
e muito mais em uma semana
talvez mais importantes do que a vida inteira.
por isso digo muito mais forte
que não era para ele ter ido
talvez não ficasse de fato
mas sinto que a experiência seria tão única
tão sublime
saudade, muita saudade
dor aguda
sensações
de certa forma uma delícia
pois sensasões quais sejam
são uma delícia.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

1.
qdo sentiu a dor profunda do esquecimento, seu corpo foi todo rasgado e a garganta entupida com um nó que não passava nem agulha.
2.
aquele era o fim de um começo, que nem começava a ser. só um desejo contido de conseguir desvencilhar-se das garras da dependência.
3.
e sumiu baixinho, no canto do sofá, depois daquele infeliz telefonema. as lágrimas rolaram e deixaram seus olhos cheios de beleza.
4.
e nada te dava chance. a chance que talvez teria, o medo arrancava-lhe das mãos.
5.
o medo, sempre o medo. só nào tinha medo de chorar. e também não teve medo de se entregar.
6.
coisas bizarras, duradouras e virtuais
desejos refreados, desejos estilhaçados.
há beleza na alegria?
conte a piada.
veja se tem poesia.
alhures [do provenç. aliors] adv. noutro lugar, noutra parte.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

existirmos - a que será que se destina.

nada tem sentido. não vê sentido. não sente. não vive. não sabe.
as paixões já não cabem, não sabem permanecer. já não. muitos
nãos. onde cabem as paixões? as paixões...
vontades claras. as palavras todas as palavras. eu amo tanto as palavras. pequenas, longas, gritantes silencicoisas. estou trabalhando muito pouco e isso não é nada bom para o meu escrever. trabalhar me oprime e quando me sinto oprimida, tenho vontade de escrever e nesses momentos essas palavras que amo tanto, saem, se jogam, escorrem pelas calçadas e pelas guias de sargeta. mas estou trabalhando tão pouco...e gosto tanto disso. não sei pegar no pesado. por isso não saio do lugar. já disse que a voz da cibelle é redentora? parece que se flutua. flutua, flutuar.
gosto das coisas. as pessoas são o que gostam. eu gosto do gosto pelas coisas e só. é fino gostar. é doce gostar.





é doce.
doce, por mais que goste mais de salgado.
as unhas vermelhas servem para disfarçar. é tudo uma questão de bem parecer. variações de unhas vermelhas. a cada pessoa cai de uma maneira, as unhas vermelhas. vários vermelhos, claros e escuros. vermelho biscate. palavras mal colocadas e infelizes. mas quiseram sair.

domingo, 18 de novembro de 2007

eu só quero um segundo teu
e um segundo meu
um instante de dois, sem mais, nem pra depois.



gosto de cibelle.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007


quem escolheu esse rosto para mim?

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

me diga:

quem escolheu esse rosto para mim?
essa é uma frase da ana cristina, a bela ana cristina cesar que nem conheço direito, mas adoro profundamente.
lendo coisinhas dela, cheguei a conclusão de que ela morreu de sensibilidade.
bem uma linda descoberta.
outra linda decoberta é cibelle cavalli.
gosto muito das mulheres artistas.
as mulheres são lindas.
eu sou uma.
mulher, não artista. sensível talvez.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

noite após noite você se introduz na obscuridade do sexo dela, você envereda quase sem saber por essa estrada cega. às vezes, você fica ali, você dorme ali, dentro dela, durante a noite inteira, para estar pronto se por acaso, graças a movimento involuntário da parte dela ou da tua, lhe viesse o desejo de tê-la de novo, de fartá-la mais uma vez e de gozar apenas o gozo como sempre cego de lágrimas.
assim, no entanto, você pôde viver esse amor do único jeito que lhe era possível, perdendo-o antes que ele acontecesse.
trechos de a doença da morte, marguerite duras.
amo, mais e daí, né?tô só assim, falando pro vento.qdo eu parar nem vento vai ter.é aí que a história se quebra, e qual a importancia disso tudo?a vida é efêmera. nada tem importancia. momentos. a vida vale por momentos.e qdo eu parar de tentar, o que vai sobrar? será que talvez momentos, pelo menos pantufescos? se eu parar de tentar é certo que não sobra mais nada...mas que importancia tudo isso?e se agente mastigasse a carne um do outro, que gosto?e se ninguém precisasse de ninguém para momentos.e se ninguém tivesse limites? e se...e se...e se o se não existisse?alguém consegue viver sem o se. alguém consegue ser sensível e ser pedra com o que é mais sensível a si. sensibilidade e sinceridade. coisas não existem.efemeridades. é só isso que existe.tenta-se tenta-se e pra que. é uma voz que nao se ouve. uma voz de sonho, pesadelo talvez. daqueles piores que vc está em apuros, mas sua voz não sai, sua expressao não vista.