sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A falta que nos move

É aqui que a vida inteira (não) se faz. Longe do controle das mãos e do desejo. Falta de desejo.
Falta o desejo. Falta o objeto de desejo. E sempre assim. 
Sempre será? 
Esse desejo incontido de todo que não se faz. Essa dúvida inconstante e essa falta de interesse naquilo que se faz a sua frente. Assim, reduzido à quatro paredes bem divididas e vazias de sentido. 
Vazias de sentido. Música, bebida, corpo. Só, mudo, sem vontades. Vontades que se fazem e que se esfacelam. 
Como montá-la? Cadê o respiro? E a alegria? Alegria parece não rimar com sentido. Rima com vazio. 
O ano é novo, mas as angústias e os depósitos são todos antigos. Falta, dúvida, decepção. Um saco imenso de falta de vontade. Um saco imenso, que é só um saco no mau sentido.
As dores não têm mais a ver com pessoas, mas com a impossibilidade. A impossibilidade idiota que é a vida. A vida é uma impossibilidade idiota e vazia de sentido. 
Tem alguns pequenos cortes de alegria e de gozo. Apenas alguns cortes.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Viver é montar história

E com essa frase tão simples, mas nunca pensada, ela tenta destruir, montar, remontar e juntar todos os pedaços espatifados e tirados da sua pesada vida, para vivê-la mais plena.
O peso da existência a cobra, mas tentará se unir ao tempo, esse amigo que nem sempre é tão amigo assim, e montar sua vida, do jeito desejado, sem interferências, sem se deixar contaminar pela carga pesada que ela pensa ser o que pulsa dentro dela.
Assim começa o ano, com mais uma promessa de leveza. Será dessa vez?


leveza: palavra para 2012

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

há uma grande diferença entre convite e cobrança. ou não?

é terrível notar que você construiu uma vida inteira, de quase 10 anos, tentando impressionar o outro, e constatar que isso não restou em nada.
já não dá pra não se afobar.
o basta deve vir, mas ainda não. por hora há uma resistência, mas todos os caminhos levam para o mesmo lugar.
por quê? nem eu entendo.


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

É tão triste quando a gente se cobra

E é tão feliz quando a gente se encontra, se abraça, joga conversa fora.
É tão feliz quando a gente bebe cerveja em um boteco e fica horas e horas conversando sobre a vida dos outros, sobre a nossa e sobre as coisas que fazem parte da nossa vida.
É tão feliz ser lembrado, ser querido, ter a presença desejada, se sentir importante por compartilhar os momentos, mais idiotas que sejam.
É tão feliz ter pra quem ligar na hora das pauladas na cabeça, e se sentir mais calmo sabe-se lá porque diabos.
É tão feliz não se preocupar com o que os outros vão pensar, viver os momentos, sem medo se vão pensar isso ou aquilo.

É triste perceber que, de fato, nada disso tem mais tanta importância e que tudo ficou no passado, enquanto não precisaria.
É triste tentar resgatar coisas e transformar relações, que, por idiotice, se perdem no caminho.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Resolução

Nesse dia tranquilo, foi pega de surpresa cantarolando uma música, que levou dois segundos pra saber qual era origem. Terminou de cantarolar e suspirou: saudade.
Resolveu pela milésima vez encarar as coisas de uma forma diferente, não se autossabotar tanto etc.
Não é que recebeu uma encarada e um sorrisinho no metrô?
Pra quem só pega tosse, é um bom começo.

Cantarola a música, mas deixa o passado lá...




segunda-feira, 21 de novembro de 2011

sentia amor, e só.

amores terminam no escuro, sozinhos.

Ou se transformam tanto, que não conseguimos aguentar muitas vezes.
Desprendem-se tanto que o peso é inevitável. A busca, a busca. 
Entender que os amores mudariam e tomariam outras formas indefinidas era o maior mistério.
Tudo assim no futuro do pretérito. Era nesse tempo verbal que vivia agora. 

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Novembro de Inverno

Retoma-se a dor física de tempos atrás.
É algo que procuro, algo que sempre esteve à espreita. Poderia já ter-se ido. Mas não foi. É algo que busco, que sinto que ainda está lá, escondido em um profundo abismo.
A noite é de sexta, um dia de novembro nada primaveril. Um frio que passa por baixo da porta e faz tremer. Não deixa dormir sem duas cobertas, meias e pijamas compostos por calça e blusa de manga comprida.
Sim, novembro. Dia em que se comemora primaveras de pessoas queridas. Uma semana da pior perda em seis anos.
Novembro novamente frio depois de quatro dias a 42 graus externos.
Frio e que bom.
Junto com a dor buscada, também vem a física. Sente-se um repuxo por dentro da caixa toráxica, meio à esquerda. Lembra-se dos ataques fulminantes mas pensa que esses acontecem mais com frequência com o gênero oposto.
Sintomas da síndrome do pânico.
Não, não tenho essa porra. Não, não se tem essa porra.
A xícara em que deveria estar servindo o chá, está servindo a cerveja.
Não tenho pique para a vida lá fora. Bebo aqui, protegida.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Músicas, sempre

A música sempre fez uma diferença enorme em tudo na minha vida.
Posso estar na pior bodega, mas se tiver uma música que me afague o coração, já me sinto bem.
A melodia das músicas sempre me fez muito bem. Entretanto, ultimamente, tenho me atentado para as letras também. 
As músicas em português eu sempre prestei atenção nas letras, mas as que não eram, eu só ouvia felizinha, sem me preocupar com o que diziam.
Mas é engraçado que as coisas quando são boas, são boas por completo.
A surpresa se hoje é a Ain't got no...I got life da Nina Simone.
Sinto-me dessa forma. Sinto-me cheia de vida e no lugar em que deveria estar.
Sim, não vou negar que gostaria que algumas coisas fossem acrescentadas, pessoas, tempo. No entanto, eu estou muito, muito feliz. Gente linda tem se aproximado de mim. Sinto-me adultecendo.
Devaneios a parte. Já que ninguém aparece por aqui.


 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Ensinar e aprender


O ensino de Língua Portuguesa na Educação de Jovens e Adultos é algo muito importante, pois é por meio da fala e escrita que as pessoas podem adquirir autonomia para viver em sociedade. Muitos desses alunos chegam com a autoestima em baixa, e nós como educadores, conseguimos perceber o quanto essa autonomia vinda da possibilidade de se aprender faz bem a esses alunos, a cada etapa ultrapassada.
Diferentemente do ensino regular; em que preparamos as crianças para o futuro, ou seja, vestibular, escolha de uma carreira, mercado de trabalho etc.; na Educação de Jovens e Adultos, o papel do professor consiste em ter a sensibilidade para atender aos alunos, em suas especificidades e em ações do cotidiano. Trazer situações reais para sala de aula, para que os alunos se sintam motivados a adquirir conhecimento e a acreditar que estudar depois de tanto e, muitas vezes, com uma idade avançada, vale a pena.
Para tanto, o trabalho com os diversos gêneros textuais traz uma fôlego novo ao ensino na EJA e faz com que a realidade do aluno seja alcançada. Chamar a atenção dos alunos para os diversos textos com os quais eles têm contato no dia a dia faz com que percebam o quanto é essencial saber qual são as particularidades de cada um desses textos: mostra-lhes o que faz de uma bula de remédio, realmente uma bula, aproximá-los da leitura desses diversos textos, trabalhar com as situações corriqueiras, como ler as orientações de determinado produto de beleza, escrever uma carta para um amigo, preencher um recibo etc.
Em suma, o prazer de compartilhar conhecimento com esse público é algo inexplicável. Estar diante de pessoas que trazem uma carga de conhecimento e experiência de vida é fundamental para o trabalho docente. É um aprender diário. Sobretudo na Educação de Jovens e Adultos, não há um detentor de conhecimento, há uma troca de conhecimento e experiência que faz do dia a dia em sala de aula, um aprendizado constante.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Equilíbrio

Gervasio Troche

Estar viva

Minha revolução tarda a vir.
Mas vem, se vem. Vem vindo lá de longe a passos curtos e vagarosos. Com medo, com medo de tudo.
Medo como a dona dela tem.
Revolução tem dona? A minha sim. A minha sou eu. Para que minha revolução venha, preciso sê-la.
Medo que trava todas as palavras. Medo que faz afastar das pessoas.
A vontade se sobrepõe e parece que tudo vai mudar no momento seguinte.
Mas o momento seguinte é o do sono. E momento seguinte do sono são mais tantas horas de aprisionamento.





domingo, 19 de junho de 2011

E, curiosamente...

Eu me amo.
Sim, me sinto oprimida até nos meios "não opressores".
O que me salva é o amor que sinto por mim.
Eu me basto para não enlouquecer, mas isso, de não trocar, de não falar, pesa.
Isso de ser sozinha e se bastar, pesa.
Eu me sinto pesando 15 toneladas.
E quando o amor se vai e sinto o peso de 100 toneladas, grito.
Grito pra dentro.
Quando peso 5, grito e faço um escândalo, ninguém pega na minha mão.
É verdade que ninguém tem tempo ou paciência pra pegar na mão?

Amei essa versão. Acho que pelo andar da carruagem nunca vou cantar essa diferença.

domingo, 5 de junho de 2011

Felicidade

é tudo assim. beleza é tudo o que não se pega. felicidade um substantivo abstrato, tão abstrato que se desfaz numa forma que nunca se fez. e assim a gente vai chamando de felicidade um almoço, uma música, uma risada, um abraço de verdade, um olhar que se faz sorriso...
já sabemos disso, a felicidade não é um estado constante.
em busca dela sacrificamos várias coisas pelo caminho que poderiam nos fazer momentaneamente felizes.

sábado, 4 de junho de 2011

Não sei até quando

É tudo assim, tão vazio. Relações fugidias que terminam no tchau e até mais.
Sinto falta da constância, da vontade de todo dia, dos caminhos mais próximos.
Mas com todo dilaceramento que isso possa causar, prefiro isso àquilo.
Só não sei até onde aguento.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Autoimagem

Liberdade. É isso o que busca.
Talvez sua autoimagem seja a de uma prisioneira perpétua com uma bola atada à perna.
A liberdade que não consegue achar em si, busca no outro.
Acha que convivendo com a liberdade, mesmo que a do outro, se sentirá livre também.
Não, nada se acha no outro, sobretudo liberdade.
Não busca o outro. Não busca o padrão. Não o outro presente, sentido, ordens, telefonemas diários, satisfações.
Isso já teve, não quer nem tem tempo para isso.
Busca o compartilhamento de ideias e de corpo.
Sabe a ideia do prazer dos corpos? Corpo e toda história que ele traz consigo.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Porque alguma coisa mudou

Até quando, não se sabe.
Esse é um ser que não se vive na maioria das vezes e no dia em que decide, consegue se viver, esses dias são os mais doces.
Não sei se é uma coisa só minha. Mas não tenho a minha dimensão todos os dias. Penso, penso, penso muito. Em coisas, pessoas...mas a minha dimensão eu não tenho.
Hoje amanheceu diferente. Saí de casa ainda não tinha sol, mas já sentia a energia dele. É engraçado que a gente recebe bem a tristeza sem motivo, pois a justifica com o tal do vazio, mas e a felicidade sem motivo? Eu sempre fico meio boba, pensando porque é que ela tá lá, incrédula.
Talvez seja o doloroso processo do desapego. Mas como desapego, doloroso e felicidade podem conviver numa mesma pessoa, num mesmo período?
Sei que o cheiro do bem viver bate palma em frente à casa, e palma às vezes a gente não ouve, só quando é muito insistente.

domingo, 1 de maio de 2011

Estrangeiro II

Desde quando convivia com minha irmã, lá nos idos de nossa pré-adolescência e adolescência tenho esta característica.
Não sou eu quem me esforço para ser entendida, são as pessoas que precisam se esforçar para me entender.
Da mesma forma, eu entendo as coisas do mundo a minha volta de acordo com essa minha ótica meio distorcida, até autista. É fato que tenho dificuldade para fazer interpretações, minha falta de reflexão.
O fato é que as pessoas não alcançam a forma como me expresso, ou alcançam de forma distorcida.
Agora, já aos 30 anos, sei que já passei da fase - cronológica - de me resolver, mas as coisas precisam se encaixar em algum momento.
Era gostoso ter alguém que, sem você dizer nada ou dizer pouco, já te entendia...
Tenho saudade da época em que só com os olhares eu me fazia entender.
Estou a fazer a minha terapia.
Prometo me dedicar à escrita, ao vômito das sensações. É claro nem tudo será publicado, por mais que sejam poucos, essa gaveta virtual tem alguns leitores.
Alguém sempre acaba abrindo essa gaveta. Muitas vezes podem entender de modo errôneo, pois minhas palavras não são óbvias, são confusas, na mesma proporção que também é o meu ser.
Meu maior problema é me amar demais e não conseguir enxergar os meus defeitos. Pior ainda, é ver meus defeitos como qualidades de autenticidade.
Se la vie.

sábado, 30 de abril de 2011

Merde a l'amour

Que amor?
Que amor?
Amor não tem.
Não o amor romântico.
Tem o amor do sexo, da presença, da justificativa.
Não sei dizer te amo. Não sinto que sentirei isso de novo. Não sei se um dia senti.
Como eu queria me contentar com a barriga cheia e a saúde...
Merde a l'amour.


quarta-feira, 13 de abril de 2011

"...e de repente volta, cansada, esperada, desapropriada, fúria amansada, descansa."
precisando me controlar. manter o foco. nada de retroceder. vamos, vamos, vamos sempre. necessidade de não cair. necessidade de me manter. necessidade de não sofrer. não. a vida é muito mais. não posso. não posso. odeio sofrimento besta. odeio perder tempo com sofrimentos supérfluos. não quero, não quero.
pronto, desabafei.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Peso.


Tentando introjetar o "que seja doce" do caio fernando abreu, mas tá difícil...
Queria saber se um dia essa tristeza passa...passa, claro que passa.
Fica difícil reviver os caminhos poucas vezes percorridos e de forma intensa.
Tudo parece bem maior do que talvez seja. Tudo dói mais forte, tudo se apequena demais - cabeça, coração. Choro. Convulsionante, copioso.
Duro é cumprir com as obrigações com a cabeça tão pesada de não ter.
Não ter.
Ter o que? Não sei.
A tristeza, às vezes pode ser doce.
Falta razões. Explicações, entendimento.
Todas as coisas que estão na minha mão, não estão. E espero que assim seja. Não quero mais ter, só quero sentir. Dentro. Bem dentro. Livre.
Hoje não foi feliz voltar de Artur Alvim, como é todas as quartas.
Hoje foi apertado, sozinho, choroso. Casulado.
Mas sensações são as melhores coisas que podemos sentir. Boas, más...sensações...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Efêmera.

Pois bem, no caminho do Jardim Peri para casa pensei em colocar o nome desse post de João Paulo Lemos.

Tive muita vontade de escrever algo bem bonito, como sempre desejo, mas na minha cabeça nada conseguia se formar (como sempre também), a não
ser um pensamento: isso é uma coisa errada.
Pensei em mandar o mundo se ferrar e xingar todas as pessoas do mundo que sofrem e fazem sofrer sem sentido.

Agora, me veio essa palavra: Efêmera. A vida é efêmera. A vida não nos alcança e não a alcançamos. Não existe certo e errado, se acontece tanta coisa fora da ordem. E o que é certo e o que é errado? Esse mundo é errado, todo errado. Diante do que aconteceu hoje, agora penso que existem pessoas que não são mesmo pra esse mundo. Uns vão de forma "consciente" de que não aguentam mais, já outros vão assim...sem tempo pra despedidas, sem tempo pra compartilhar...

São Paulo, essa cidade que todos julgam desumana e tal tal, me trouxe muitas coisas boas, já cansei de falar isso por aqui.

E pasmem, coisas incríveis, que parecem que sempre foram minhas, vieram por meio do trabalho. Já me perdido assunto principal do texto, sim, mas vamos tentar voltar.

O fato é que existem pessoas - olha o clichê - que parecem fazer parte de nossa vida, já a vida inteira. Foi o que aconteceu com o corpo docente do qual faço parte no colégio Salesiano. Trabalhamos em três unidades e quase nunca nos vemos. Mas o amor que sentimos entre nós, é algo sem explicação. Amor mesmo, no sentido mais verdadeiro que possa existir, sem cobranças, só o gostar muito, sentir saudade e se identificar mesmo, de graça, sem motivo.
Bem, o nosso corpo docente hoje, está sem uma parte. O João se foi, assim, leve como deve ter vivido por toda sua curtíssima existência, sem amarras, sem despedidas. Repito, acho que ele não suportou esse mundo, inconscientemente, pois pelo pouco que convivi com ele, posso dizer que o que ele mais amava era estar aqui, vivendo, convivendo, viajando, se doando. Vou sentir saudade, querido, da conversa longa que não tivemos, da balada que não combinamos no quintal da sua casa (João morava com estilo, no baixo Augusta), da cerveja que não tomamos, das reuniões pedagógicas nas quais não trocamos nossas angústias e superações.

A Silvana (a coordenadora do nosso corpo docente) comentou certa vez que existem colegas de profissão que se tornam verdadeiros amigos. Não tivemos tempo para isso, mas tenho certeza absoluta que aconteceria.

Vai em paz, amigo.
Tentaremos ficar bem com a sua ausência, tentaremos pegar um pouquinho da sua leveza que tivemos o prazer de experimentar.
Nós todos te amamos muito.




sábado, 26 de março de 2011

Psiu.

Desejo.
Sim, porque o encontro dos nossos corpos é muito bom.
Umedecida, excitada, molhada, toda vez que penso.

Sim, é porque gosto.
E só gostar é muito bom.

segunda-feira, 21 de março de 2011

um ano.

Faz um ano que moro nessa cidade.
Quem diria?
Quem dirá? Um ano, um pseudonovorelacionamento acabadonãoiniciado, Corinthians, emprego, desemprego, desafetos, emprego, empregos, pessoas incríveis. Amigos poucos. Amigos? Não sei. Gentes lindas na vida, se amigos ou não. Hoje em dia não importa. É bom pegar os pedacinhos de vida dessas pessoas incríveis.
Vida pulsando realmente.
Meu, isso aqui era tudo que eu sempre quis e não sabia.
Mas minha cabeça para de funcionar quando não estou no trabalho...haha. Esse meu primeiro ano de São Paulo não me inspirou a trabalhar o cérebro e escrever um post longo.
Brigada a não sei quem, não sei porque.
Estou aqui e feliz.

sábado, 19 de março de 2011

Fim de sábado

Agora são 23:51.
Sim, estou em casa. Me propus a sair de frente do computador do depois de acabar o meu trabalho e agora ficou tarde para fazer qualquer coisa.
Apesar de basicamente só dormir e trabalhar, o dia foi gostoso. A felicidade da chegada do outono me invade. Me perguntaram se eu sou Wicca de tanto que falo da minha felicidade e da beleza que o outono me traz.
Isso é uma coisa que já vem de muito tempo. Minha percepção fica muito maior nessa época. Acho que a claridade extrema do sol me traz isso. O friozinho que sempre vem junto daquele brilho todo. Isso não tem preço.
Ouvindo insistentemente cidadão instigado. Um rock brega. Isso sou eu quem classifico. Tão delícia. A voz de senhor Catatau é tão sofrida, mas tão acalentadora.
Enfim estou livre. O dia 19 de março passou e eu só lembrei dele no dia 20. O desespero enfim acabou.
"Eu preciso da minha solidão"
Não, morar em São Paulo me fez descobrir que eu não gosto de ser sozinha como há algum tempo imaginava. E o melhor disso tudo é que pessoas lindas estão aparecendo. E acho que uma pessoa linda também está se fazendo dentro de mim.
Ah, queria escrever mais bonitinho, em vez desses garranchos sentimentais.
Desabafos, garranchos sentimentais.
O maior problema que tenho agora é que na minha geladeira só tem uma lata de brahma.

É tô feliz sim, e só por conta do meu umbigo.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Sem

Eu não tenho que nada, por que tenho sempre que ser/sentir/fazer alguma coisa?

Eu não gosto de insônia. Amanhã preciso acordar às seis, poxa, senhora, eu não posso me render aos seus caprichos. Não gosto desse estado. Nem quando não tenho que acordar cedo.

Minha cabeça tá do tamanho do mundo inteiro. Eu não sei se estou impressionada ou cansada demais.

É ruim não conseguir identificar o que está te fazendo mal, se tudo vai bem...

"Já faz tempo que saí de casa pra viver no mar"

Ouvir essa música acho que era tudo o que precisava pra me acalmar. matei um pouco a saudade de mim.

Sim, até de mim eu tenho saudade.

sábado, 12 de março de 2011

Cisne

É que quando a gente desencanta tudo começa a encantar.
Minha garganta seca não me deixa dormir e meu nariz entupido ajuda nessa tarefa. Já são três da manhã e o dia seguinte, por mais que seja domingo é pequeno e cheio de coisas pra fazer.
Parte da vida está tranquila e outra não. Daí o motivo da falta de sono. Mas não, nada mais de indagações e coisas pequenas. Que tipo de mulher sou eu, que se preocupa com tão ínfimas mazelas?
Mas é a vida que segue. Preocupação para não me deixar parada num foco só. Tenho que ser tudo ao mesmo tempo agora e não ficar dividindo a vida em fases, em pedaços.
Sim, fui ver Cisne Negro e a parte que disse: a única pessoa que está em seu caminho é você mesmo, caiu como uma luva em minha vida.
Tenho um tanto da esquisofrenia de achar que o mundo conspira contra mim e que só eu estou certa...e sofro muito com isso.
E no mais sinto muitas saudades, saudade de pessoas, das ruas do interior, do cheiro das situações, da comida da Nalija, das histórias do Dennis, das pestinhas do quinto ano, da pulsação da Denise...e de tantas outras coisas.
Mas há mulher nova se formando. A antiga se quebra e se reconstrói a cada dia, todos os dias.
Sim, gratidão. Esse deveria ser meu nome.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Carências sem fundamento

Faz tempo que não posto aqui.
Dia desses pedi a um amigo que postasse mais no blog dele, pois escreve muito, muito bem. Daí ele disse: tem de acontecer coisas.
Realmente tem de acontecer coisas e não basta só acontecer coisas, essas tais devem nos tocar de alguma maneira.
Sim, muita coisa tem acontecido comigo, apesar dos baixos, muita coisa tem me feito feliz. Eu sou boba, romântica, não adianta.
Qualquer carinho me faz feliz. Não é preciso muito.
Ah, não é nada não.
Essa semana foi muito dura. A imagem do cachorrinho escapando da mão de sua dona foi muito forte. A intensidade do amor dessa mulher me tocou muito, era óbvio que tal empreitada não daria certo, em um momento ou outro o cachorrinho escaparia, mas mesmo assim tentou.
No meio disso tudo, fico pensando em várias pessoas que tem tudo, TUDO e ficam reclamando, rabugentando.
Inclusive eu.
Isso sim é desgraça. Querer salvar alguém que você ama muito e não conseguir.
Não ter com quem sair, a chuva que cai intermitentemente, congestionamento, buzina, metrô, isso tudo é pequeno diante da cena vista da hora do almoço confortável de quinta-feira.


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Hallogallo

Acabei de chegar do show desses caras. Super bacaníssimo! Não tem como não lembrar do Gustavo vendo uma coisa dessas. Mas nem é uma lembrança amarga, também não é doce. Na verdade é uma lembrança sem gosto, pois nem sei se esse Gustavo que me lembro existe ainda.
É só.
Uma balada para Gustavo e espere a primavera, Bandini.

domingo, 21 de novembro de 2010

Children of god

Parece que eu não poderia ver outro filme, antes de escrever sobre as sensações do dia em que vi este. Tentei ver "Abutres" do Trapero, duas vezes e nada, na primeira o ônibus quebrou, na segunda os ingressos haviam esgotado.

Não sei se vou conseguir escrever coisas sobre o filme, afinal de contas eu assisto, gosto, sinto o cinema, mas não sou nenhuma crítica ou coisa assim. Bem sabe Nalija que não sou muito de discutir. Mas assim. A única coisa que eu não gostei foi o nome que colocaram na versão brasileira: “Amantes do Caribe”, ...essa é a parte mais desimportante do filme. O negócio marcante foi a libertação do Johnny, o garoto do filme. Identifiquei-me demais, um lance que se danem os outros e não vou mudar, pois sou assim e pronto. Muitas vezes não gosto da maneira que sou e quero mudar, mas se não consigo? O negócio é aceitar e tentar viver da melhor forma possível. Mas assim, se eu fechar meus olhos e poder abrir por um segundo, não sei do que me lembrar. Enfim...

Na saída do cinema encontrei com umas queridas que estavam para a próxima sessão, quase fiquei pra ver, mas precisava ficar com o gosto daquele filme na boca, e mais, precisava de uma celebração. Desci a Augusta em direção ao Studio SP, onde rolaria a tal celebração. Assim, sozinha, como na maioria das vezes. Eu estava com a força do filme pulsando, pensando que poderia fazer o que quisesse: e daí que eu estava sozinha naquele lugar? E daí que eu teria que dançar comigo mesma? E daí e daí?

O que atrapalhou foi o atraso, o ensaio aberto estava marcado pras 23h e só começou depois das 24h, quando o Holger começou a tocar, senti mesmo a alegria que precisava para terminar a noite. Uma festa, eles se divertem tocando e isso deu gosto de ver.

Fui pra casa feliz, o dia seguinte foi meio ruim, mas eu tava bem feliz. Bem mesmo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Devaneios de início de outubro

Ouvindo Starting Over do Lennon. Gosto. Tenho até vontade de escrever GÓSTO. E nem é por raiva no acordo ortográfico, mesmo por que essa palavra nunca foi escrita assim. É por que gosto mesmo. Bem muito, como disse Lisbela. Agora vem Kiss Kiss Kiss. Também gosto. Tenho a leve impressão que ela quis imitar a mocinha do Gainsbourg. Tem uma gemeção que lembra sexo. Na verdade nem sei quem veio antes. A yoko ono ou a Jane Birkin...mas tenho a impressão que essa última veio primeiro. Cleanup time. Essa não faz minha cabeça. Mas lembro do show do the mockers em que conheci esse doble fantasy do Lennon e fico gostando. Muito. Tomo cerveja num copo escrito FIEL. Assim, em letra maiúscula. Parece que fica mais gostosa. É uma loucurinha gostosa esse disco. Parece meio que brincadeira de namorados que têm uma puta sintonia. Parece que foi feito numa noite. Aquelas noites inteiras de conversa, sexo, conversa de novo, cochilo...sexo. Naquele clima de ver o dia amanhecer e gritar: pro mundo inteiro acordar e a gente dormir (porra). É que quando a claridade chega, parece que é a hora da festa acabar. O dia ouve a festa. E é melhor que ela fique oculta pra que não se torne vulgar. Por mais que de noite o silêncio fique mais alto e até os sussurros podem ser ouvidos. I’m losing you. Essa não diz nada. Não gosto. Daí vem Im moving you essa é a Yoko que canta. Nem sou fã de Lennon e Yoko. Isso é apenas um exercício, enquanto espero nessa sexta-feira de noite agradável um filme bom que vai ao ar num canal aberto. Sim, moro no centro de São Paulo e não aproveito as noites. “Você é louca, não tem amigos!” uma porca me disse isso. Há! Devo concordar. Mas isso que se dane. Bebo minha cerveja no copo em que além de FIEL, está escrito CORINTHIANS. Isso é bom. Ser Corinthians. Bem bom. Beautiful boy. Quando ouvi no show, achei que fosse uma canção de amor. Vi a letra depois, é para uma criança.

TV ligada no mudo em passione. Short de bolinhas e camiseta do Corinthians. Olha que engraçado, o Word coloca Corinthians com letra maiúscula. Pera aí, palmeiras, santos, são Paulo, internacional, grêmio, não. Nenhum. Watching the weels. Essa é bonitinha, mas nem lembro dela no show. Im your Angel essa eu passo por que é ruim. Juliana R, ouvi dando risada, puta voz do caralho. Bem, as duas brahmas que comprei já eram. Bora assaltar as Skols da roommate.

Definitivamente há males que vem pra bem. Feliz no emprego e em casa.

WOMAN.

Será que algum homem vai cantar essa pra mim. Linda linda. Linda. Bonita mesmo. Fico aqui ouvindo e lembrando que o cara da banda ofereceu essa música para todas as mulheres presentes. De alguma forma alguém a cantou pra mim. Dava nada por essa música. Agora é super gostoso. I Love you, ieie, now and forever. Ui. Eu quero. Quero ficar embreagada dessa idiotice que é o amor.

Olhos brilhando, satisfação.

Desaprendi.

Tenho pensado muito na história que não deu certo. Anhangabaú, mosteiro de São Bento – horas batendo papo lá dentro, edifício Martinelli. Bar do metrô. Beijo. Desajeitado, porém desejado. As coisas que não tem um fim certo, ficam mal resolvidas. Várias relações mal resolvidas. Todas as relações mal resolvidas. Beautiful boys. Dear Yoko – musiquita feliz! Oooooo Yokooooo! Bonitinho. Não, vai acabar. O filme vai começar. A que começou a tocar agora, foi a melhor do show. O Leon cakof vai falar um pouquinho e dá tempo de terminar de ouvir a música de nome grande. Um skazinho. E nem gosto de ska.

Gosto do quê?

Amanhã eu vou ao paca! \o/

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Tropa de Elite 2

Com mais de uma semana de atraso!


Ela não tem nada.
Não tem namorado, raros amigos, não tem rumo e não tem internet. Sim, ela não tem internet. Sofre por isso. Mais.
Ouve Cibelle, sua diva, ao lado de Andrea Dias. Cantoras meio que desconhecidas, mas que sim! Ela descobriu. Pela internet. Como todas as suas últimas emoções têm acontecido. Desde o namoro mal sucedido – simplesmente pelo fato de nem ter se iniciado – desde seu novo emprego. Sempre ela. A pandora da modernidade.
Segunda. Dia de cinema. Único dia de meia pra ela. Adora. Saiu de casa pro trabalho, pensando que no fim do dia veria “A Suprema Felicidade”. Água com açúcar? Sim, pode ser. Ela estava mesmo vivendo uma fase doce. Fase. Fase? Uma fase de...uma semana? Não, talvez cinco dias. Sim, estava passando por uma fase doce. Ela que é amarga, amarga não, azeda, reclamona, insatisfeita.
Por conta da idade das colegas que a acompanhava – e porque outra disse que esse seria um filme picante demais – optou por ver outro. Não menos indecente, talvez até mais. Mas como moda, todo excesso é perdoado. E ela não era daquelas que não via certa coisa por que estava na moda e mídia e tals. Já havia passado desta fase. Queria até ver o osso duro de roer, mas faltava-lhe o chute. Foi esse e foi.
Gostou. Gostou mais do que do primeiro. A exemplo de Kill Bill 2 que tem mais história do que porradaria. Apaixonou-se pelo capitão Nascimento. Pelo sofrimento e gélida existência. Pela frieza desfarçada, mas nem sempre escondida. Não seria ele também um membro da corrupção que assola o mundo? Ela, do alto de sua fase doce, desejava achar que não. Desejava achar que o capitão nascimento fosse mesmo um herói. Um herói. Não um anti-herói.
Queria passar o fim na noite em outro lugar que não fosse sua cama. Mas até hoje, só teve coragem de enfrentar – sozinha – a primeira parte da noite paulistana. A madrugada ainda era desconhecida.
Ela queria acalmar os nervos do capitão Nascimento. Queria acalmar os nervos de alguém. E assim acalmar os seus também.
Mas ela ainda toma coragem e só volta pra casa ao dia amanhecer.
Boa noite, você é uma princesa. E também uma bruxa.
As pessoas conseguem mesmo nos ver de fora.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Como Esquecer

Acabei de chegar do Belas Artes. Em meio ao frisson da Mostra, fui despretensiosamente aproveitar a super segunda, onde quem leva a carteira de trabalho, paga só quatro reais. É claro que a promoção não é válida para os filmes da Mostra.

Eu gosto desses filmes, livros e qualquer coisa que seja, em que se fala de amor. Principalmente os perdidos, pois sinto que sou uma fracassada nesse lance. Gosto pra ver se consigo tornar sólida a dor que ainda sinto, ver de fora, sabe? Como se visse, de alguma forma, a minha história numa super tela. Assim foi quando decidi ler O Passado e logo mais ver o filme – Sofia, ah Sofia, como somos parecidas, mas definitivamente não quero que o final do meu filme seja igual ao seu.

Como esquecer é bonito, delicadinho, mas parece que não coube no tempo do filme. Parece muito com os filmes argentinos por que fala de uma bobeira da vida e que pra gente sempre é grande e na tela do cinema fica poético, entretanto, os filmes brasileiros não têm a essência dos argentinos, não tem jeito. Então fica meio insosso, uma tentativa abortada.

O que foi legal foi ver a Ana Paula Arósio descabelada e sem maquiagem e até assim a filha da puta é linda bem...

Corajoso também foi o nu frontal de um cara no filme.

Bonita foi a chuva que estava caindo quando saí do cinema, sorte que a sombrinha manca estava na minha bolsa. Desci a Consolação e depois a Angélica molhando o tênis e pensando em como fui maltratada aqui em São Paulo por gente que não tinha nada a ver. Incrível como há pessoas que sabem fazer isso de graça, sem motivo... é uma arte...

São Paulo é bonita aos meus olhos, bonita bem mesmo. Vejo beleza em uma chuva numa segunda na saída do cinema. Solita. Sorrindo por dentro.

Bem-vinda pra mim. Todos os dias.

=)

domingo, 24 de outubro de 2010

Trocar o vestido

Parece que começo a tomar um rumo.
Talvez não do jeito que gostaria, mas como desde que vim pra cá tenho deixado a vida me levar, estou indo, coisas têm acontecido, pessoas tenho visto. Acotevendo uma simbiose legal com a cidade. Eu quero isso. Quero ter a cara daqui. Sempre quis.
Só me falta mais coragem de assumir as coisas, acreditar que posso e derrubar todas as barreiras idiotas que possam existir.
Enterrar todos os fantasmas do passado e mandar abravanar os que fazem pouco da minha presença.
Enterrar e amanhecer.
Trocar o vestido. Melhorar o tecido.
Chorar até limpar.
Chorar e chorar mesmo que o choro seja seco, sem lágrimas como tem sido.
Pouco me lixar.
E encontrar um amor. quero esse, redondinho. Cheio de verdade e querer bem. Leve, solto e corinthiano, como deve ser.
Tenho um na cabeça. O desejo, com a força que ele tem, poderia fazer acontecer e todas as energias conspirarem a favor.



"O casaco
Um homem estava anoitecido.
Se sentia por dentro um trapo social,
igual se, por fora, usasse um casaco
rasgado e sujo.
Tentou sair da angústia,
isto ser, ele queria
jogar o casaco rasgado e sujo no lixo
Ele queria amanhecer."

Manoel de Barros.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

13 de setembro

Hoje o seu Janes faria 75 anos. O último aniversário dele que passou com a gente foi aquele festejo de 70 anos. Tanta coisa mudou de lá pra cá. Eu ainda na faculdade, tinha a Zizelle e a Yara ao alcance das minhas mãos, estava começando a fazer uma amizade pra vida toda com a Nalija. A Mila ainda estava viva, o Vando ainda não havia se casado, eu ainda namorava o Gustavo e tava certo que a gente se casaria.
Agora, quase cinco anos depois da sua morte, estou aqui meio avulsa no mundo, batendo cabeça, sem saber se isso vai dar em algum lugar.
Mas estou do jeito que queria estar...de uma forma ou de outra.


PS. Puta textos confusos esses que eu escrevo...

sábado, 11 de setembro de 2010

Paulistana do interior.

Gosto muito de tudo que tenho passado aqui em São Paulo. Hoje fiz mais uma coisa que sempre sonhava quando morava no glorioso interior do estado, fazia UFMS e trabalhava na advocacia Nelson Garcia.

O Dr. Nelson era advogado da Associação Comercial de Andradina e como eu sempre tinha de ir lá pra pegar o chequinho no fim do mês, entrei em contato com uma revista mensal - a Revista E - a distribuição era gratuita.

Ir buscar a grana do Dr. Nelson era uma coisa que eu nunca esquecia, mas era pela revista e não pela tarefa... A referida revista era a revista do Sesc SP. Nela, além da programação do Sesc (que eu ficava babando de vontade de usufruir), havia várias matérias (boa parte de minha formação cultural foi através dessa revista).

Bem, o que fiz hoje foi o meu cartão de matrícula do Sesc. Assim como quando fui ao Pacaembu pela primeira vez, também fiquei emocionada. É claro que a emoção não se compara, mas me emocionei sim.

Tenho dois lugares em São Paulo que tomo como meus.
O Pacaembu e o Sesc Consolação. Lugares com cara de casa. Sempre estou por lá.
É isso.


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Emprego!

Preciso de um emprego!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Samps.

Eita Samps, tanta coisa a gente tá compartilhando né? Tanta emoção, tanta angústia, tanta mudança, tanto abandono e, paradoxalmente tanto acolhimento...acolhimento primeiro que vem da minha família, nunca havia pensado na principal característica da minha família, a solidariedade, tanto os de primeiro grau quanto os outros, não é sempre, mas quando se precisa de fato, sempre tem um pra ajudar, estender a mão.
Ai, deixa pra lá, sono. A cabeça pesada, programinha muito pesado o de hoje: Gomorra! Não, gente, não fiz muita sacanagem, fui, enfim, ver o filme sobre a Máfia Camorra. Fantástico, minucioso. Demorou, mas valeu a pena.

domingo, 8 de agosto de 2010

Dia dos pais

(...) primeira

U.T.I.
hospital todo
cada parte
cada auxiliar
muita saudade
proximidade
vivência em dois meses
e muito mais em uma semana
talvez mais importantes do que a vida inteira.
por isso digo muito mais forte
que não era para ele ter ido
talvez não ficasse de fato
mas sinto que a experiência seria tão única
tão sublime
saudade, muita saudade
dor aguda.

Quase cinco anos...
Saudadona, Janes.
Meu dia dos pais foi gostoso, viu? Fui ver o Corinthians, lá no Pacaembu. Não sei se você aprovaria, peixe que era. De qualquer forma, acho que nem ligaria, seu Santos está uma coisa, você estaria muito feliz com ele.


Não tinha parado pra pensar nisso ainda, seu Janes estaria muito feliz mesmo, ele gostava de um mal feito, gostava muito do Robinho...

Suspiro...Saudade, Janes, muita saudade.
A nossa vida inteira resumiu-se a uma semana.
Eu te amo. Muito.

Amo pra sempre e nunca esqueço.

Sueli e Janes, na festona de 71 anos dele que a minha mãe organizou.


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Meus desejos podem se realizar?

Eu quero pegar, sentir, beijar, sorrir, conversar, gargalhar, cantarolar, eu quero vida, quero poder as coisas, quero ter o direito de viver da maneira que desejo. Por que tudo tem que ser proibido? Por que uns podem outros não, quem foi que disse que eu não posso, quem sacramentou isso?
Eu quero reencontrar a doçura, faz tempo que a perdi.
Eu não quero me defender. Quero saber agir.
Quero vida dentro de mim, não quero ser triste, quero ter frescor.
Quero coisas simples, e o velho ditado de que dinheiro não traz felicidade é balela, pra ter/sentir o os meus desejos, preciso dele, não muito, mas preciso.


Quero dar certo, mesmo dando errado.
Tudo pode dar certo? Tudo pode dar certo! Mesmo dando errado.

Cansada

Estou cansada, muito cansada.
Sou errada, muito errada.
Não sei quando isso mudará, não sei se mudará, mas tenho o mínimo de consciência, os erros são todos meus. Sinto que algumas pessoas erram comigo, mas o erro primeiro sempre é o meu. E não sei como mudar isso.
Eu quero tudo, quero muito, mas parece que não tenho direito a ter o que desejo. Por que isso? por que uns podem outros não?
Eu tento colocar na minha cabeça, que sim, que posso, mas é um monte de rasteira sem fim.
Vivia no meu mundinho interiorano e foi só querer eu me mostrar pro mundo, foi só rasteira. Estava tudo lindo no início, tudo reluzente. De repente foi tudo acinzentando - boa metáfora para São Paulo. Paulada em cima de paulada. Mancada (minha) em cima de mancada.
Agora tenho dois dias pra resolver a minha vida.
Será que dá tempo?


sexta-feira, 30 de julho de 2010

Águas revoltas

Pois bem, tenho preguiça de escrever.
Esses quatro meses e meio que estou em São Paulo, renderiam muitíssimas histórias, muita coisa aconteceu por aqui.
Aprendi a ficar mais dura, meu coração já não se encanta tanto quando de trata de relacionamentos afetivos, isso graças à quase relação que me trouxe pra cá - tanta era minha ânsia por me envolver afetivamente com alguém.
É, tinha tudinho pra dar certo - duas pessoas pessoas carentes, que há tempos não tinham nada duradouro e que estavam dispostas a se permitirem ter.
Não deu, nos atropelamos. Hoje, a única coisa que sobrou foi um oi amarelo nas parcas quatro ou cinco vezes em que nos reencontramos.
Não queria muito mais que isso não... talvez esperava um brilhozinho no olho que expressasse - que bom revê-la -, assim, sem ponto de exclamação mesmo.
Eu me perco muito pelo caminho, e saber disso já é meio caminho andado.
Estou ouvindo la valse d' Amelie, isso me deixa emocional demais, sei que isso pode parecer um paradoxo, mas entendam que o que mudou em mim foi a visão do relacionamento afetivo, aquele de duas pessoas, aquele de eu te amo, quero te ver todo dia e te amar pra sempre.
Esse parece que não me alcança mais. Isso é triste, mas não me faz choramingar.
Já disse aqui que gosto muito quando percebo o que está me acontecendo. Hoje em dia tenho me percebido por completo.
Não me vejo mais como uma pessoa pura, que não afetava as pessoas à minha volta. Vir pra São Paulo me fez perceber a pessoa ruim que habita em mim, a pessoa que manca com as outras, que se defende atacando, que fode com tudo e que coloca a culpa nos outros, mesmo sem querer, sem perceber na hora do fato.
Nunca sei como acabar meus escritos, acho que é por isso que faço tanto teste de emprego e não sou chamada. Conclusão não é comigo.

Essas séries de conclusões e rupturas têm detonado comigo.
Curiosamente acho muito bom, dá mais força pra ficar nesse mundo.
A gente não escolhe esse monte de bobeiras pelas quais precisa passar na vida. O negócio é tentar viver de boa, percebendo esse mundo terrível e sem se envolver muito com ele.
Vivemos na era do individualismo, não há como ser diferente.

E pra terminar,
pra domingo, ser corinthiano basta. estamos com as roupas e as armas de jorge. é tudo nosso.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Casa nova

Tanta coisa acontecendo e eu com preguiça de escrever, é porque eu não sei. Sério. Colocar em palavras, sentimentos é uma coisa que não domino. Rs, às vezes até dá certo, mas não é sempre.
Muita coisa aconteceu nesses dois meses e meio em que estou na metrópole, esse troço gigantesco que ainda não tive noção de proporção. Agora as coisas estão calmas demais...e é estranho...estava atrás dessa calma, mas o rebuliço é muito mais.