quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Equilíbrio

Gervasio Troche

Estar viva

Minha revolução tarda a vir.
Mas vem, se vem. Vem vindo lá de longe a passos curtos e vagarosos. Com medo, com medo de tudo.
Medo como a dona dela tem.
Revolução tem dona? A minha sim. A minha sou eu. Para que minha revolução venha, preciso sê-la.
Medo que trava todas as palavras. Medo que faz afastar das pessoas.
A vontade se sobrepõe e parece que tudo vai mudar no momento seguinte.
Mas o momento seguinte é o do sono. E momento seguinte do sono são mais tantas horas de aprisionamento.





domingo, 19 de junho de 2011

E, curiosamente...

Eu me amo.
Sim, me sinto oprimida até nos meios "não opressores".
O que me salva é o amor que sinto por mim.
Eu me basto para não enlouquecer, mas isso, de não trocar, de não falar, pesa.
Isso de ser sozinha e se bastar, pesa.
Eu me sinto pesando 15 toneladas.
E quando o amor se vai e sinto o peso de 100 toneladas, grito.
Grito pra dentro.
Quando peso 5, grito e faço um escândalo, ninguém pega na minha mão.
É verdade que ninguém tem tempo ou paciência pra pegar na mão?

Amei essa versão. Acho que pelo andar da carruagem nunca vou cantar essa diferença.

domingo, 5 de junho de 2011

Felicidade

é tudo assim. beleza é tudo o que não se pega. felicidade um substantivo abstrato, tão abstrato que se desfaz numa forma que nunca se fez. e assim a gente vai chamando de felicidade um almoço, uma música, uma risada, um abraço de verdade, um olhar que se faz sorriso...
já sabemos disso, a felicidade não é um estado constante.
em busca dela sacrificamos várias coisas pelo caminho que poderiam nos fazer momentaneamente felizes.

sábado, 4 de junho de 2011

Não sei até quando

É tudo assim, tão vazio. Relações fugidias que terminam no tchau e até mais.
Sinto falta da constância, da vontade de todo dia, dos caminhos mais próximos.
Mas com todo dilaceramento que isso possa causar, prefiro isso àquilo.
Só não sei até onde aguento.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Autoimagem

Liberdade. É isso o que busca.
Talvez sua autoimagem seja a de uma prisioneira perpétua com uma bola atada à perna.
A liberdade que não consegue achar em si, busca no outro.
Acha que convivendo com a liberdade, mesmo que a do outro, se sentirá livre também.
Não, nada se acha no outro, sobretudo liberdade.
Não busca o outro. Não busca o padrão. Não o outro presente, sentido, ordens, telefonemas diários, satisfações.
Isso já teve, não quer nem tem tempo para isso.
Busca o compartilhamento de ideias e de corpo.
Sabe a ideia do prazer dos corpos? Corpo e toda história que ele traz consigo.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Porque alguma coisa mudou

Até quando, não se sabe.
Esse é um ser que não se vive na maioria das vezes e no dia em que decide, consegue se viver, esses dias são os mais doces.
Não sei se é uma coisa só minha. Mas não tenho a minha dimensão todos os dias. Penso, penso, penso muito. Em coisas, pessoas...mas a minha dimensão eu não tenho.
Hoje amanheceu diferente. Saí de casa ainda não tinha sol, mas já sentia a energia dele. É engraçado que a gente recebe bem a tristeza sem motivo, pois a justifica com o tal do vazio, mas e a felicidade sem motivo? Eu sempre fico meio boba, pensando porque é que ela tá lá, incrédula.
Talvez seja o doloroso processo do desapego. Mas como desapego, doloroso e felicidade podem conviver numa mesma pessoa, num mesmo período?
Sei que o cheiro do bem viver bate palma em frente à casa, e palma às vezes a gente não ouve, só quando é muito insistente.

domingo, 1 de maio de 2011

Estrangeiro II

Desde quando convivia com minha irmã, lá nos idos de nossa pré-adolescência e adolescência tenho esta característica.
Não sou eu quem me esforço para ser entendida, são as pessoas que precisam se esforçar para me entender.
Da mesma forma, eu entendo as coisas do mundo a minha volta de acordo com essa minha ótica meio distorcida, até autista. É fato que tenho dificuldade para fazer interpretações, minha falta de reflexão.
O fato é que as pessoas não alcançam a forma como me expresso, ou alcançam de forma distorcida.
Agora, já aos 30 anos, sei que já passei da fase - cronológica - de me resolver, mas as coisas precisam se encaixar em algum momento.
Era gostoso ter alguém que, sem você dizer nada ou dizer pouco, já te entendia...
Tenho saudade da época em que só com os olhares eu me fazia entender.
Estou a fazer a minha terapia.
Prometo me dedicar à escrita, ao vômito das sensações. É claro nem tudo será publicado, por mais que sejam poucos, essa gaveta virtual tem alguns leitores.
Alguém sempre acaba abrindo essa gaveta. Muitas vezes podem entender de modo errôneo, pois minhas palavras não são óbvias, são confusas, na mesma proporção que também é o meu ser.
Meu maior problema é me amar demais e não conseguir enxergar os meus defeitos. Pior ainda, é ver meus defeitos como qualidades de autenticidade.
Se la vie.

sábado, 30 de abril de 2011

Merde a l'amour

Que amor?
Que amor?
Amor não tem.
Não o amor romântico.
Tem o amor do sexo, da presença, da justificativa.
Não sei dizer te amo. Não sinto que sentirei isso de novo. Não sei se um dia senti.
Como eu queria me contentar com a barriga cheia e a saúde...
Merde a l'amour.


quarta-feira, 13 de abril de 2011

"...e de repente volta, cansada, esperada, desapropriada, fúria amansada, descansa."
precisando me controlar. manter o foco. nada de retroceder. vamos, vamos, vamos sempre. necessidade de não cair. necessidade de me manter. necessidade de não sofrer. não. a vida é muito mais. não posso. não posso. odeio sofrimento besta. odeio perder tempo com sofrimentos supérfluos. não quero, não quero.
pronto, desabafei.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Peso.


Tentando introjetar o "que seja doce" do caio fernando abreu, mas tá difícil...
Queria saber se um dia essa tristeza passa...passa, claro que passa.
Fica difícil reviver os caminhos poucas vezes percorridos e de forma intensa.
Tudo parece bem maior do que talvez seja. Tudo dói mais forte, tudo se apequena demais - cabeça, coração. Choro. Convulsionante, copioso.
Duro é cumprir com as obrigações com a cabeça tão pesada de não ter.
Não ter.
Ter o que? Não sei.
A tristeza, às vezes pode ser doce.
Falta razões. Explicações, entendimento.
Todas as coisas que estão na minha mão, não estão. E espero que assim seja. Não quero mais ter, só quero sentir. Dentro. Bem dentro. Livre.
Hoje não foi feliz voltar de Artur Alvim, como é todas as quartas.
Hoje foi apertado, sozinho, choroso. Casulado.
Mas sensações são as melhores coisas que podemos sentir. Boas, más...sensações...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Efêmera.

Pois bem, no caminho do Jardim Peri para casa pensei em colocar o nome desse post de João Paulo Lemos.

Tive muita vontade de escrever algo bem bonito, como sempre desejo, mas na minha cabeça nada conseguia se formar (como sempre também), a não
ser um pensamento: isso é uma coisa errada.
Pensei em mandar o mundo se ferrar e xingar todas as pessoas do mundo que sofrem e fazem sofrer sem sentido.

Agora, me veio essa palavra: Efêmera. A vida é efêmera. A vida não nos alcança e não a alcançamos. Não existe certo e errado, se acontece tanta coisa fora da ordem. E o que é certo e o que é errado? Esse mundo é errado, todo errado. Diante do que aconteceu hoje, agora penso que existem pessoas que não são mesmo pra esse mundo. Uns vão de forma "consciente" de que não aguentam mais, já outros vão assim...sem tempo pra despedidas, sem tempo pra compartilhar...

São Paulo, essa cidade que todos julgam desumana e tal tal, me trouxe muitas coisas boas, já cansei de falar isso por aqui.

E pasmem, coisas incríveis, que parecem que sempre foram minhas, vieram por meio do trabalho. Já me perdido assunto principal do texto, sim, mas vamos tentar voltar.

O fato é que existem pessoas - olha o clichê - que parecem fazer parte de nossa vida, já a vida inteira. Foi o que aconteceu com o corpo docente do qual faço parte no colégio Salesiano. Trabalhamos em três unidades e quase nunca nos vemos. Mas o amor que sentimos entre nós, é algo sem explicação. Amor mesmo, no sentido mais verdadeiro que possa existir, sem cobranças, só o gostar muito, sentir saudade e se identificar mesmo, de graça, sem motivo.
Bem, o nosso corpo docente hoje, está sem uma parte. O João se foi, assim, leve como deve ter vivido por toda sua curtíssima existência, sem amarras, sem despedidas. Repito, acho que ele não suportou esse mundo, inconscientemente, pois pelo pouco que convivi com ele, posso dizer que o que ele mais amava era estar aqui, vivendo, convivendo, viajando, se doando. Vou sentir saudade, querido, da conversa longa que não tivemos, da balada que não combinamos no quintal da sua casa (João morava com estilo, no baixo Augusta), da cerveja que não tomamos, das reuniões pedagógicas nas quais não trocamos nossas angústias e superações.

A Silvana (a coordenadora do nosso corpo docente) comentou certa vez que existem colegas de profissão que se tornam verdadeiros amigos. Não tivemos tempo para isso, mas tenho certeza absoluta que aconteceria.

Vai em paz, amigo.
Tentaremos ficar bem com a sua ausência, tentaremos pegar um pouquinho da sua leveza que tivemos o prazer de experimentar.
Nós todos te amamos muito.




sábado, 26 de março de 2011

Psiu.

Desejo.
Sim, porque o encontro dos nossos corpos é muito bom.
Umedecida, excitada, molhada, toda vez que penso.

Sim, é porque gosto.
E só gostar é muito bom.

segunda-feira, 21 de março de 2011

um ano.

Faz um ano que moro nessa cidade.
Quem diria?
Quem dirá? Um ano, um pseudonovorelacionamento acabadonãoiniciado, Corinthians, emprego, desemprego, desafetos, emprego, empregos, pessoas incríveis. Amigos poucos. Amigos? Não sei. Gentes lindas na vida, se amigos ou não. Hoje em dia não importa. É bom pegar os pedacinhos de vida dessas pessoas incríveis.
Vida pulsando realmente.
Meu, isso aqui era tudo que eu sempre quis e não sabia.
Mas minha cabeça para de funcionar quando não estou no trabalho...haha. Esse meu primeiro ano de São Paulo não me inspirou a trabalhar o cérebro e escrever um post longo.
Brigada a não sei quem, não sei porque.
Estou aqui e feliz.

sábado, 19 de março de 2011

Fim de sábado

Agora são 23:51.
Sim, estou em casa. Me propus a sair de frente do computador do depois de acabar o meu trabalho e agora ficou tarde para fazer qualquer coisa.
Apesar de basicamente só dormir e trabalhar, o dia foi gostoso. A felicidade da chegada do outono me invade. Me perguntaram se eu sou Wicca de tanto que falo da minha felicidade e da beleza que o outono me traz.
Isso é uma coisa que já vem de muito tempo. Minha percepção fica muito maior nessa época. Acho que a claridade extrema do sol me traz isso. O friozinho que sempre vem junto daquele brilho todo. Isso não tem preço.
Ouvindo insistentemente cidadão instigado. Um rock brega. Isso sou eu quem classifico. Tão delícia. A voz de senhor Catatau é tão sofrida, mas tão acalentadora.
Enfim estou livre. O dia 19 de março passou e eu só lembrei dele no dia 20. O desespero enfim acabou.
"Eu preciso da minha solidão"
Não, morar em São Paulo me fez descobrir que eu não gosto de ser sozinha como há algum tempo imaginava. E o melhor disso tudo é que pessoas lindas estão aparecendo. E acho que uma pessoa linda também está se fazendo dentro de mim.
Ah, queria escrever mais bonitinho, em vez desses garranchos sentimentais.
Desabafos, garranchos sentimentais.
O maior problema que tenho agora é que na minha geladeira só tem uma lata de brahma.

É tô feliz sim, e só por conta do meu umbigo.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Sem

Eu não tenho que nada, por que tenho sempre que ser/sentir/fazer alguma coisa?

Eu não gosto de insônia. Amanhã preciso acordar às seis, poxa, senhora, eu não posso me render aos seus caprichos. Não gosto desse estado. Nem quando não tenho que acordar cedo.

Minha cabeça tá do tamanho do mundo inteiro. Eu não sei se estou impressionada ou cansada demais.

É ruim não conseguir identificar o que está te fazendo mal, se tudo vai bem...

"Já faz tempo que saí de casa pra viver no mar"

Ouvir essa música acho que era tudo o que precisava pra me acalmar. matei um pouco a saudade de mim.

Sim, até de mim eu tenho saudade.

sábado, 12 de março de 2011

Cisne

É que quando a gente desencanta tudo começa a encantar.
Minha garganta seca não me deixa dormir e meu nariz entupido ajuda nessa tarefa. Já são três da manhã e o dia seguinte, por mais que seja domingo é pequeno e cheio de coisas pra fazer.
Parte da vida está tranquila e outra não. Daí o motivo da falta de sono. Mas não, nada mais de indagações e coisas pequenas. Que tipo de mulher sou eu, que se preocupa com tão ínfimas mazelas?
Mas é a vida que segue. Preocupação para não me deixar parada num foco só. Tenho que ser tudo ao mesmo tempo agora e não ficar dividindo a vida em fases, em pedaços.
Sim, fui ver Cisne Negro e a parte que disse: a única pessoa que está em seu caminho é você mesmo, caiu como uma luva em minha vida.
Tenho um tanto da esquisofrenia de achar que o mundo conspira contra mim e que só eu estou certa...e sofro muito com isso.
E no mais sinto muitas saudades, saudade de pessoas, das ruas do interior, do cheiro das situações, da comida da Nalija, das histórias do Dennis, das pestinhas do quinto ano, da pulsação da Denise...e de tantas outras coisas.
Mas há mulher nova se formando. A antiga se quebra e se reconstrói a cada dia, todos os dias.
Sim, gratidão. Esse deveria ser meu nome.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Carências sem fundamento

Faz tempo que não posto aqui.
Dia desses pedi a um amigo que postasse mais no blog dele, pois escreve muito, muito bem. Daí ele disse: tem de acontecer coisas.
Realmente tem de acontecer coisas e não basta só acontecer coisas, essas tais devem nos tocar de alguma maneira.
Sim, muita coisa tem acontecido comigo, apesar dos baixos, muita coisa tem me feito feliz. Eu sou boba, romântica, não adianta.
Qualquer carinho me faz feliz. Não é preciso muito.
Ah, não é nada não.
Essa semana foi muito dura. A imagem do cachorrinho escapando da mão de sua dona foi muito forte. A intensidade do amor dessa mulher me tocou muito, era óbvio que tal empreitada não daria certo, em um momento ou outro o cachorrinho escaparia, mas mesmo assim tentou.
No meio disso tudo, fico pensando em várias pessoas que tem tudo, TUDO e ficam reclamando, rabugentando.
Inclusive eu.
Isso sim é desgraça. Querer salvar alguém que você ama muito e não conseguir.
Não ter com quem sair, a chuva que cai intermitentemente, congestionamento, buzina, metrô, isso tudo é pequeno diante da cena vista da hora do almoço confortável de quinta-feira.


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Hallogallo

Acabei de chegar do show desses caras. Super bacaníssimo! Não tem como não lembrar do Gustavo vendo uma coisa dessas. Mas nem é uma lembrança amarga, também não é doce. Na verdade é uma lembrança sem gosto, pois nem sei se esse Gustavo que me lembro existe ainda.
É só.
Uma balada para Gustavo e espere a primavera, Bandini.

domingo, 21 de novembro de 2010

Children of god

Parece que eu não poderia ver outro filme, antes de escrever sobre as sensações do dia em que vi este. Tentei ver "Abutres" do Trapero, duas vezes e nada, na primeira o ônibus quebrou, na segunda os ingressos haviam esgotado.

Não sei se vou conseguir escrever coisas sobre o filme, afinal de contas eu assisto, gosto, sinto o cinema, mas não sou nenhuma crítica ou coisa assim. Bem sabe Nalija que não sou muito de discutir. Mas assim. A única coisa que eu não gostei foi o nome que colocaram na versão brasileira: “Amantes do Caribe”, ...essa é a parte mais desimportante do filme. O negócio marcante foi a libertação do Johnny, o garoto do filme. Identifiquei-me demais, um lance que se danem os outros e não vou mudar, pois sou assim e pronto. Muitas vezes não gosto da maneira que sou e quero mudar, mas se não consigo? O negócio é aceitar e tentar viver da melhor forma possível. Mas assim, se eu fechar meus olhos e poder abrir por um segundo, não sei do que me lembrar. Enfim...

Na saída do cinema encontrei com umas queridas que estavam para a próxima sessão, quase fiquei pra ver, mas precisava ficar com o gosto daquele filme na boca, e mais, precisava de uma celebração. Desci a Augusta em direção ao Studio SP, onde rolaria a tal celebração. Assim, sozinha, como na maioria das vezes. Eu estava com a força do filme pulsando, pensando que poderia fazer o que quisesse: e daí que eu estava sozinha naquele lugar? E daí que eu teria que dançar comigo mesma? E daí e daí?

O que atrapalhou foi o atraso, o ensaio aberto estava marcado pras 23h e só começou depois das 24h, quando o Holger começou a tocar, senti mesmo a alegria que precisava para terminar a noite. Uma festa, eles se divertem tocando e isso deu gosto de ver.

Fui pra casa feliz, o dia seguinte foi meio ruim, mas eu tava bem feliz. Bem mesmo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Devaneios de início de outubro

Ouvindo Starting Over do Lennon. Gosto. Tenho até vontade de escrever GÓSTO. E nem é por raiva no acordo ortográfico, mesmo por que essa palavra nunca foi escrita assim. É por que gosto mesmo. Bem muito, como disse Lisbela. Agora vem Kiss Kiss Kiss. Também gosto. Tenho a leve impressão que ela quis imitar a mocinha do Gainsbourg. Tem uma gemeção que lembra sexo. Na verdade nem sei quem veio antes. A yoko ono ou a Jane Birkin...mas tenho a impressão que essa última veio primeiro. Cleanup time. Essa não faz minha cabeça. Mas lembro do show do the mockers em que conheci esse doble fantasy do Lennon e fico gostando. Muito. Tomo cerveja num copo escrito FIEL. Assim, em letra maiúscula. Parece que fica mais gostosa. É uma loucurinha gostosa esse disco. Parece meio que brincadeira de namorados que têm uma puta sintonia. Parece que foi feito numa noite. Aquelas noites inteiras de conversa, sexo, conversa de novo, cochilo...sexo. Naquele clima de ver o dia amanhecer e gritar: pro mundo inteiro acordar e a gente dormir (porra). É que quando a claridade chega, parece que é a hora da festa acabar. O dia ouve a festa. E é melhor que ela fique oculta pra que não se torne vulgar. Por mais que de noite o silêncio fique mais alto e até os sussurros podem ser ouvidos. I’m losing you. Essa não diz nada. Não gosto. Daí vem Im moving you essa é a Yoko que canta. Nem sou fã de Lennon e Yoko. Isso é apenas um exercício, enquanto espero nessa sexta-feira de noite agradável um filme bom que vai ao ar num canal aberto. Sim, moro no centro de São Paulo e não aproveito as noites. “Você é louca, não tem amigos!” uma porca me disse isso. Há! Devo concordar. Mas isso que se dane. Bebo minha cerveja no copo em que além de FIEL, está escrito CORINTHIANS. Isso é bom. Ser Corinthians. Bem bom. Beautiful boy. Quando ouvi no show, achei que fosse uma canção de amor. Vi a letra depois, é para uma criança.

TV ligada no mudo em passione. Short de bolinhas e camiseta do Corinthians. Olha que engraçado, o Word coloca Corinthians com letra maiúscula. Pera aí, palmeiras, santos, são Paulo, internacional, grêmio, não. Nenhum. Watching the weels. Essa é bonitinha, mas nem lembro dela no show. Im your Angel essa eu passo por que é ruim. Juliana R, ouvi dando risada, puta voz do caralho. Bem, as duas brahmas que comprei já eram. Bora assaltar as Skols da roommate.

Definitivamente há males que vem pra bem. Feliz no emprego e em casa.

WOMAN.

Será que algum homem vai cantar essa pra mim. Linda linda. Linda. Bonita mesmo. Fico aqui ouvindo e lembrando que o cara da banda ofereceu essa música para todas as mulheres presentes. De alguma forma alguém a cantou pra mim. Dava nada por essa música. Agora é super gostoso. I Love you, ieie, now and forever. Ui. Eu quero. Quero ficar embreagada dessa idiotice que é o amor.

Olhos brilhando, satisfação.

Desaprendi.

Tenho pensado muito na história que não deu certo. Anhangabaú, mosteiro de São Bento – horas batendo papo lá dentro, edifício Martinelli. Bar do metrô. Beijo. Desajeitado, porém desejado. As coisas que não tem um fim certo, ficam mal resolvidas. Várias relações mal resolvidas. Todas as relações mal resolvidas. Beautiful boys. Dear Yoko – musiquita feliz! Oooooo Yokooooo! Bonitinho. Não, vai acabar. O filme vai começar. A que começou a tocar agora, foi a melhor do show. O Leon cakof vai falar um pouquinho e dá tempo de terminar de ouvir a música de nome grande. Um skazinho. E nem gosto de ska.

Gosto do quê?

Amanhã eu vou ao paca! \o/

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Tropa de Elite 2

Com mais de uma semana de atraso!


Ela não tem nada.
Não tem namorado, raros amigos, não tem rumo e não tem internet. Sim, ela não tem internet. Sofre por isso. Mais.
Ouve Cibelle, sua diva, ao lado de Andrea Dias. Cantoras meio que desconhecidas, mas que sim! Ela descobriu. Pela internet. Como todas as suas últimas emoções têm acontecido. Desde o namoro mal sucedido – simplesmente pelo fato de nem ter se iniciado – desde seu novo emprego. Sempre ela. A pandora da modernidade.
Segunda. Dia de cinema. Único dia de meia pra ela. Adora. Saiu de casa pro trabalho, pensando que no fim do dia veria “A Suprema Felicidade”. Água com açúcar? Sim, pode ser. Ela estava mesmo vivendo uma fase doce. Fase. Fase? Uma fase de...uma semana? Não, talvez cinco dias. Sim, estava passando por uma fase doce. Ela que é amarga, amarga não, azeda, reclamona, insatisfeita.
Por conta da idade das colegas que a acompanhava – e porque outra disse que esse seria um filme picante demais – optou por ver outro. Não menos indecente, talvez até mais. Mas como moda, todo excesso é perdoado. E ela não era daquelas que não via certa coisa por que estava na moda e mídia e tals. Já havia passado desta fase. Queria até ver o osso duro de roer, mas faltava-lhe o chute. Foi esse e foi.
Gostou. Gostou mais do que do primeiro. A exemplo de Kill Bill 2 que tem mais história do que porradaria. Apaixonou-se pelo capitão Nascimento. Pelo sofrimento e gélida existência. Pela frieza desfarçada, mas nem sempre escondida. Não seria ele também um membro da corrupção que assola o mundo? Ela, do alto de sua fase doce, desejava achar que não. Desejava achar que o capitão nascimento fosse mesmo um herói. Um herói. Não um anti-herói.
Queria passar o fim na noite em outro lugar que não fosse sua cama. Mas até hoje, só teve coragem de enfrentar – sozinha – a primeira parte da noite paulistana. A madrugada ainda era desconhecida.
Ela queria acalmar os nervos do capitão Nascimento. Queria acalmar os nervos de alguém. E assim acalmar os seus também.
Mas ela ainda toma coragem e só volta pra casa ao dia amanhecer.
Boa noite, você é uma princesa. E também uma bruxa.
As pessoas conseguem mesmo nos ver de fora.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Como Esquecer

Acabei de chegar do Belas Artes. Em meio ao frisson da Mostra, fui despretensiosamente aproveitar a super segunda, onde quem leva a carteira de trabalho, paga só quatro reais. É claro que a promoção não é válida para os filmes da Mostra.

Eu gosto desses filmes, livros e qualquer coisa que seja, em que se fala de amor. Principalmente os perdidos, pois sinto que sou uma fracassada nesse lance. Gosto pra ver se consigo tornar sólida a dor que ainda sinto, ver de fora, sabe? Como se visse, de alguma forma, a minha história numa super tela. Assim foi quando decidi ler O Passado e logo mais ver o filme – Sofia, ah Sofia, como somos parecidas, mas definitivamente não quero que o final do meu filme seja igual ao seu.

Como esquecer é bonito, delicadinho, mas parece que não coube no tempo do filme. Parece muito com os filmes argentinos por que fala de uma bobeira da vida e que pra gente sempre é grande e na tela do cinema fica poético, entretanto, os filmes brasileiros não têm a essência dos argentinos, não tem jeito. Então fica meio insosso, uma tentativa abortada.

O que foi legal foi ver a Ana Paula Arósio descabelada e sem maquiagem e até assim a filha da puta é linda bem...

Corajoso também foi o nu frontal de um cara no filme.

Bonita foi a chuva que estava caindo quando saí do cinema, sorte que a sombrinha manca estava na minha bolsa. Desci a Consolação e depois a Angélica molhando o tênis e pensando em como fui maltratada aqui em São Paulo por gente que não tinha nada a ver. Incrível como há pessoas que sabem fazer isso de graça, sem motivo... é uma arte...

São Paulo é bonita aos meus olhos, bonita bem mesmo. Vejo beleza em uma chuva numa segunda na saída do cinema. Solita. Sorrindo por dentro.

Bem-vinda pra mim. Todos os dias.

=)

domingo, 24 de outubro de 2010

Trocar o vestido

Parece que começo a tomar um rumo.
Talvez não do jeito que gostaria, mas como desde que vim pra cá tenho deixado a vida me levar, estou indo, coisas têm acontecido, pessoas tenho visto. Acotevendo uma simbiose legal com a cidade. Eu quero isso. Quero ter a cara daqui. Sempre quis.
Só me falta mais coragem de assumir as coisas, acreditar que posso e derrubar todas as barreiras idiotas que possam existir.
Enterrar todos os fantasmas do passado e mandar abravanar os que fazem pouco da minha presença.
Enterrar e amanhecer.
Trocar o vestido. Melhorar o tecido.
Chorar até limpar.
Chorar e chorar mesmo que o choro seja seco, sem lágrimas como tem sido.
Pouco me lixar.
E encontrar um amor. quero esse, redondinho. Cheio de verdade e querer bem. Leve, solto e corinthiano, como deve ser.
Tenho um na cabeça. O desejo, com a força que ele tem, poderia fazer acontecer e todas as energias conspirarem a favor.



"O casaco
Um homem estava anoitecido.
Se sentia por dentro um trapo social,
igual se, por fora, usasse um casaco
rasgado e sujo.
Tentou sair da angústia,
isto ser, ele queria
jogar o casaco rasgado e sujo no lixo
Ele queria amanhecer."

Manoel de Barros.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

13 de setembro

Hoje o seu Janes faria 75 anos. O último aniversário dele que passou com a gente foi aquele festejo de 70 anos. Tanta coisa mudou de lá pra cá. Eu ainda na faculdade, tinha a Zizelle e a Yara ao alcance das minhas mãos, estava começando a fazer uma amizade pra vida toda com a Nalija. A Mila ainda estava viva, o Vando ainda não havia se casado, eu ainda namorava o Gustavo e tava certo que a gente se casaria.
Agora, quase cinco anos depois da sua morte, estou aqui meio avulsa no mundo, batendo cabeça, sem saber se isso vai dar em algum lugar.
Mas estou do jeito que queria estar...de uma forma ou de outra.


PS. Puta textos confusos esses que eu escrevo...

sábado, 11 de setembro de 2010

Paulistana do interior.

Gosto muito de tudo que tenho passado aqui em São Paulo. Hoje fiz mais uma coisa que sempre sonhava quando morava no glorioso interior do estado, fazia UFMS e trabalhava na advocacia Nelson Garcia.

O Dr. Nelson era advogado da Associação Comercial de Andradina e como eu sempre tinha de ir lá pra pegar o chequinho no fim do mês, entrei em contato com uma revista mensal - a Revista E - a distribuição era gratuita.

Ir buscar a grana do Dr. Nelson era uma coisa que eu nunca esquecia, mas era pela revista e não pela tarefa... A referida revista era a revista do Sesc SP. Nela, além da programação do Sesc (que eu ficava babando de vontade de usufruir), havia várias matérias (boa parte de minha formação cultural foi através dessa revista).

Bem, o que fiz hoje foi o meu cartão de matrícula do Sesc. Assim como quando fui ao Pacaembu pela primeira vez, também fiquei emocionada. É claro que a emoção não se compara, mas me emocionei sim.

Tenho dois lugares em São Paulo que tomo como meus.
O Pacaembu e o Sesc Consolação. Lugares com cara de casa. Sempre estou por lá.
É isso.


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Emprego!

Preciso de um emprego!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Samps.

Eita Samps, tanta coisa a gente tá compartilhando né? Tanta emoção, tanta angústia, tanta mudança, tanto abandono e, paradoxalmente tanto acolhimento...acolhimento primeiro que vem da minha família, nunca havia pensado na principal característica da minha família, a solidariedade, tanto os de primeiro grau quanto os outros, não é sempre, mas quando se precisa de fato, sempre tem um pra ajudar, estender a mão.
Ai, deixa pra lá, sono. A cabeça pesada, programinha muito pesado o de hoje: Gomorra! Não, gente, não fiz muita sacanagem, fui, enfim, ver o filme sobre a Máfia Camorra. Fantástico, minucioso. Demorou, mas valeu a pena.

domingo, 8 de agosto de 2010

Dia dos pais

(...) primeira

U.T.I.
hospital todo
cada parte
cada auxiliar
muita saudade
proximidade
vivência em dois meses
e muito mais em uma semana
talvez mais importantes do que a vida inteira.
por isso digo muito mais forte
que não era para ele ter ido
talvez não ficasse de fato
mas sinto que a experiência seria tão única
tão sublime
saudade, muita saudade
dor aguda.

Quase cinco anos...
Saudadona, Janes.
Meu dia dos pais foi gostoso, viu? Fui ver o Corinthians, lá no Pacaembu. Não sei se você aprovaria, peixe que era. De qualquer forma, acho que nem ligaria, seu Santos está uma coisa, você estaria muito feliz com ele.


Não tinha parado pra pensar nisso ainda, seu Janes estaria muito feliz mesmo, ele gostava de um mal feito, gostava muito do Robinho...

Suspiro...Saudade, Janes, muita saudade.
A nossa vida inteira resumiu-se a uma semana.
Eu te amo. Muito.

Amo pra sempre e nunca esqueço.

Sueli e Janes, na festona de 71 anos dele que a minha mãe organizou.


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Meus desejos podem se realizar?

Eu quero pegar, sentir, beijar, sorrir, conversar, gargalhar, cantarolar, eu quero vida, quero poder as coisas, quero ter o direito de viver da maneira que desejo. Por que tudo tem que ser proibido? Por que uns podem outros não, quem foi que disse que eu não posso, quem sacramentou isso?
Eu quero reencontrar a doçura, faz tempo que a perdi.
Eu não quero me defender. Quero saber agir.
Quero vida dentro de mim, não quero ser triste, quero ter frescor.
Quero coisas simples, e o velho ditado de que dinheiro não traz felicidade é balela, pra ter/sentir o os meus desejos, preciso dele, não muito, mas preciso.


Quero dar certo, mesmo dando errado.
Tudo pode dar certo? Tudo pode dar certo! Mesmo dando errado.

Cansada

Estou cansada, muito cansada.
Sou errada, muito errada.
Não sei quando isso mudará, não sei se mudará, mas tenho o mínimo de consciência, os erros são todos meus. Sinto que algumas pessoas erram comigo, mas o erro primeiro sempre é o meu. E não sei como mudar isso.
Eu quero tudo, quero muito, mas parece que não tenho direito a ter o que desejo. Por que isso? por que uns podem outros não?
Eu tento colocar na minha cabeça, que sim, que posso, mas é um monte de rasteira sem fim.
Vivia no meu mundinho interiorano e foi só querer eu me mostrar pro mundo, foi só rasteira. Estava tudo lindo no início, tudo reluzente. De repente foi tudo acinzentando - boa metáfora para São Paulo. Paulada em cima de paulada. Mancada (minha) em cima de mancada.
Agora tenho dois dias pra resolver a minha vida.
Será que dá tempo?


sexta-feira, 30 de julho de 2010

Águas revoltas

Pois bem, tenho preguiça de escrever.
Esses quatro meses e meio que estou em São Paulo, renderiam muitíssimas histórias, muita coisa aconteceu por aqui.
Aprendi a ficar mais dura, meu coração já não se encanta tanto quando de trata de relacionamentos afetivos, isso graças à quase relação que me trouxe pra cá - tanta era minha ânsia por me envolver afetivamente com alguém.
É, tinha tudinho pra dar certo - duas pessoas pessoas carentes, que há tempos não tinham nada duradouro e que estavam dispostas a se permitirem ter.
Não deu, nos atropelamos. Hoje, a única coisa que sobrou foi um oi amarelo nas parcas quatro ou cinco vezes em que nos reencontramos.
Não queria muito mais que isso não... talvez esperava um brilhozinho no olho que expressasse - que bom revê-la -, assim, sem ponto de exclamação mesmo.
Eu me perco muito pelo caminho, e saber disso já é meio caminho andado.
Estou ouvindo la valse d' Amelie, isso me deixa emocional demais, sei que isso pode parecer um paradoxo, mas entendam que o que mudou em mim foi a visão do relacionamento afetivo, aquele de duas pessoas, aquele de eu te amo, quero te ver todo dia e te amar pra sempre.
Esse parece que não me alcança mais. Isso é triste, mas não me faz choramingar.
Já disse aqui que gosto muito quando percebo o que está me acontecendo. Hoje em dia tenho me percebido por completo.
Não me vejo mais como uma pessoa pura, que não afetava as pessoas à minha volta. Vir pra São Paulo me fez perceber a pessoa ruim que habita em mim, a pessoa que manca com as outras, que se defende atacando, que fode com tudo e que coloca a culpa nos outros, mesmo sem querer, sem perceber na hora do fato.
Nunca sei como acabar meus escritos, acho que é por isso que faço tanto teste de emprego e não sou chamada. Conclusão não é comigo.

Essas séries de conclusões e rupturas têm detonado comigo.
Curiosamente acho muito bom, dá mais força pra ficar nesse mundo.
A gente não escolhe esse monte de bobeiras pelas quais precisa passar na vida. O negócio é tentar viver de boa, percebendo esse mundo terrível e sem se envolver muito com ele.
Vivemos na era do individualismo, não há como ser diferente.

E pra terminar,
pra domingo, ser corinthiano basta. estamos com as roupas e as armas de jorge. é tudo nosso.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Casa nova

Tanta coisa acontecendo e eu com preguiça de escrever, é porque eu não sei. Sério. Colocar em palavras, sentimentos é uma coisa que não domino. Rs, às vezes até dá certo, mas não é sempre.
Muita coisa aconteceu nesses dois meses e meio em que estou na metrópole, esse troço gigantesco que ainda não tive noção de proporção. Agora as coisas estão calmas demais...e é estranho...estava atrás dessa calma, mas o rebuliço é muito mais.

domingo, 18 de abril de 2010

Depois da euforia inicial...

Está muito difícil...eu achei que seria bom, mas como as coisas estão se afigurando, vem bomba por aí...parece que é tarde demais pra voltar atrás, mas também não acho meios pra continuar...a gente se tortura de várias formas...Tenho medo eu também de me deprimir morando em São Paulo. Estou muito sozinha e todas as companhias possíveis, parecem em outra estação. A companhia que eu queria (e nem é sexualmente falando) criou uma barreraça e me trata com a maior indiferença do mundo...de verdade, que ideia um paulistano de nascença iria querer trocar com uma caipira, como eu.

Daí pensei que não, vou aproveitar da cidade sozinha mesmo...melancolicamente como nos filmes. Mas é difícil...nem eu, a que mais gosta de ficar só no mundo está conseguindo...e creio que venha mais bomba por aí.

Mas preciso estar bem, sobreviver.

sábado, 17 de abril de 2010

Tô com vontade de escrever, mas tudo que tenho para dizer agora é pessoal demais. Tenho um problema grande que é querer que os acasos aconteçam...não, eles não acontecem. Para acontecer na vida, tem que botar pra fazer...rs. Deixar o dar certo, esperar pelo outro, não, isso não funciona...mas fazer também, às vezes, é meter os pés pelas mãos...Ah, esse nem vai ter título...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Não sei enxergar as pessoas

"Falta de imaginação
Não creio que isso vá embotar o desejo, embora digam alguns que é de sua natureza buscar o difícil e desdenhar o fácil. Mas o certo é que, entre o desejo e a realização, o prazo diminuiu. Imaginação exige tempo, demora, frustração, desvio. Corpos se oferecem, se tomam, como cervejas, mas parece que, se aumentou o acesso físico ao corpo alheio, reduziu-se a capacidade de imaginar. Sexo, talvez, sem erotismo."
Trecho de artigo do filósofo Renato Janine Ribeiro.

Dá vontade de esquecer mesmo as relações...tudo acaba em frustração, em perda antes de chegar ao final do caminho. E parece que sempre será assim. Parece que está arraigado na cabeça dos homens, de que tudo o que vem fácil, não é gostoso...parece que as mulheres são sempre tratadas como um troféu que se conseguiu a muito custo. Não concordo em atribuir a uma mulher o rótulo de "fácil" só por que ela se entrega na relação com um cara. É toda muito subjetiva essa discussão...as pessoas dizem e se desdizem o tempo todo. As lésbicas lutam contra o preconceito, contra a discriminação, mas elas mesmas o fazem em relação às mulheres que não o são, como se só as mulheres que não gostassem de homens, gostassem de si mesmas. Li num blog feminista: "mulheres e lésbicas", rs...como se as lésbicas não fossem mulheres. Que segregação é essa? São todas mulheres e pronto, independente de com quem transam. Eu fico meio desacreditada de tudo. As pessoas todas não aceitam o que fogem ao seu modo de vida, e aí de quem não pertencer a um grupo...ai de quem for estrageiro como eu. Não se tem liberdade pra nada, tudo o que é diferente, não se encaixa, é repudiado. Esse texto está meio sem nexo, comecei a falar de uma coisa e terminei falando de outra, sem um elo entre ambas, mas isso aqui não é um teste e posso escrever da maneira que bem entender, esse espaço é meu e aqui eu me sinto muito bem. É que tenho pensado muito nessas coisas, de relacionamento, de feminismo, de autodeterminação, mas não consigo organizar as ideias. Estou vivendo experiências novas pra mim até então, estou me testando de fato, coisas estão acontecendo em minha vida. Confesso que não consigo lidar com as coisas, sempre meto meus pés pelas mãos. Muita gente costuma dizer que se aprende com relacionamentos anteriores. Eu não. Mas talvez, dessa vez, eu tenha evoluído bastante. Meu maior problema é que carrego uma chaga, que o tempo não faz curar...mania de perseguição, nunca consigo enxergar a verdadeira relação das pessoas comigo, sempre penso que estão me subjulgando, daí me revolto e a merda toda está feita. Eu não sei enxergar as pessoas, eu não sei.

sábado, 27 de março de 2010

Mas um post da saga.


Continuando a saga, de que exceto dois queridos - Pat e Lalan, de que ninguém lê esse blog e nele posso desabafar à vontade, sem que ele me julgue ou me olhe torto, mais umas palavras sobre essa minha vida torta - que eu mesmo entorto a cada dia que passa.

Ano passado falando com a Nalija a respeito de casamento e o escambal (sim, já nos preocupamos com isso, pois não há nem sinal dele), ela mencionou o que uma amiga dela tinha dito, a cerca de se chegar aos trinta e não ter se casado ainda...que os homens que se aproximarem de uma mulher solteira aos 30, sempre vão pensar que alguma coisa estranha acontece com ela...ou que ela é desequilibrada emocionalmente, ou que gasta horrores e depois não tem como pagar, que é pegajosa etc.

Será que é isso o que está acontecendo comigo? Então, sem tirar que ninguém se aproxima de mim (talvez por ter esse medodamulherdetrintaanossolteira) Quem se aproxima, logo logo já se afasta. Geralmente nem há um segundo encontro...hehe. E quando você pensa que enfim alguma coisa vai acontecer, que você vai finalmente esquecer as mágoas do passado, sacudir a poeira e dar a volta por cima, se permitindo um novo envolvimento de fato, o cara, depois de te fazer acreditar, - é claro que inconscientemente - que isso aconteceria, vira pra você e fala : Não, não é bem assim, não é isso o que eu quero agora.

Confesso que meu emocional é instável, que gasto mais do que ganho, que sou pegajosa, mas porra! Eu gosto de mim, cara! Será que ninguém vê que tenho muitas coisas a oferecer sim! É fácil demais lidar comigo, é só me tratar bem, quando isso acontece, a maioria dos meus pseudoproblemas se esvaem...Mas tá...

Estou aqui vivendo meus dias de BBB, há duas semanas, não saio de casa praticamente. o fato é que não estou em casa, estou há duas semanas, no centro de São Paulo, poderia estar fazendo o que eu mais gosto aqui, que é andar pelas ruas desse imenso caos, mas parece que estou grudada ao chão desse apartamento...e não estou reclamando não, pois estou gostando disso. O motivo por não estar saindo é que estava estudando pra um concurso. Concurso pra pastar, pois trabalhar na educação no estado de São Paulo, é pedir pra passar raiva, trabalhando muito e ganhando pouco, aliás, em todo lugar é assim, nuns mais, nuns menos, mas professor é sempre raça odiada pelos governantes, descaradamente ou não.

Bem, é só.

Reitero, está tudo claro e eu não estou sofrendo.

Nota.

Estou com calor, mas a música horrível que vem lá de baixo é bem pior...eu busco coisas pra minha vida, que eu mesmo não entendo...dá sempre tudo torto. A parte boa é que já não culpo mais os outros...ótimo.

sábado, 20 de março de 2010

Estrangeiro.

Tenho perdido várias postagens, por falta de habilidade com esse meu computador...não gosto de mouse, o primeiro professor de informática que tive, gostava de usar comandos, ou melhor, atalhos. Peguei gosto por esse modo de usar o computador, mas o lance é que não conheço todos e às vezes uso alguns que não me favorecem...
Tenho vivido de modo estrangeiro, aos poucos me deparo com situações a vencer e que quase aos trinta, por pura falta de maturidade e experiência, não consigo transpor...cheguei à conclusão de que, sendo um ser humano, preciso me civilizar, senão é melhor que viva entre os bichos, pois, a única coisa que nos diferencia dos animais, que não são humanos, é a capacidade que, nem todos têm (PRESENTE!!!) de nos portar de forma civilizada. O bom é que, diferentemente de tempos atrás, não incomodo mais ninguém com os meus pseudoproblemas. Adoro esse espaço aqui. Só desabafo, sem precisar ouvir nada.

Não foi pra isso que ele foi criado, porém, serve de terapeuta...

Eu tô cansada.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Vendida.

O mundo prestes a cair sobre a minha cabeça e eu apenas querendo um emprego legal. Vendida, é exatamente assim que me sinto. Como se não tivesse controle sobre minha própria vida. Como se os problemas todos não existissem, como se as pessoas todas não existissem. Não dominar a norma culta (ou seria puta?) é um crime, para quem se formou para trabalhar com ela. Não sei quando vou parar de me autossabotar (seria essa a grafia?) - dúvidas, assolam a minha cabecinha de vento. Não quero ver ninguém...o ideal é ficar nessa redoma que mesmo construí. Ela é segura, mas até quando? Os dias passam e o cerco está se fechando. Mas dominar a norma culta da Língua Portuguesa, agora é questão de honra, nem que seja pra pedir esmola corretamente.
Gritar: O nome dele é vocês que vão dizer.
É nóis que tá. Pelo Corinthians toda licença é permitida.

terça-feira, 16 de março de 2010

sexta-feira, 12 de março de 2010

Algumas Informações.

Em algumas informações, situado no canto esquerdo da página desse blog, coloquei professora de Português e Artes...Porém era o que estava sendo ano passado, esse ano, fui por um dia professora de História, outro de Ciências e outro de Inglês...e como é horrível ensinar Inglês na escola, mas deixa isso pra lá. O que me incomoda é o meu derrotismo...me sinto muito mal, pedir emprego me parece pedir esmolas...nesse mundo parece que só quem é digno é aquele que tem alguém para indicá-lo...chegar com seu humilde currículo, entregar e falar com as pessoas não é suficiente, suficiente é ter alguém pra falar que te conhece, só assim.

Tá f*, a medida que o tempo passa me sinto mais mal, tô parecendo uma coisa esquisita, sem contar que longe dos olhos da minha mãe, não consigo me concentrar e estudar...f*


Por isso que quis ficar por lá...


Eu sou mesmo uma marionete.


E uma criança, que o pai precisa ficar pondo pilha.

Cadê meu pai?

sábado, 6 de março de 2010


Corinthians grande,
Sempre Altaneiro
És do Brasil
O clube mais brasileiro.

Frase preferida

Acho que uma das coisas mais bonitas que escrevi na vida é: Tudo está claro e eu não estou sofrendo.

Pois bem:

Tudo está claro e eu não estou sofrendo.

Apesar de estar tudo quebrado aqui por dentro.

Reconstruir.

A casa vai ficar novinha em folha.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Corinthians, Corinthians, meu amor é o Timão.

Corinthians, cada minuto...dentro do meu coração.


Pra hoje, ser Corinthiano basta.
É nóis.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Eu gosto da paz do banco de trás...



Essas são as primeiras palavras de uma música que gosto muito do Arcade Fire: In the beckseat.
No clipe, uma das mocinhas mais lindas que já tive notícia em minha vida, entra num transe estranho, rola no chão e tudo isso ao som de instrumentos eruditos, nem sei se tocados de uma maneira tão erudita assim...disso talvez a Patrícia possa falar já que convive nesse meio, de músicos eruditos...coisa fina chique (expressão que ela inventou lá pelos idos da faculdade).
Esse início de ano tá bem f*, uma bagunçona federal...vacas magras, falta de emprego, muitas mudanças e eu não estava preparada...com sentido pois não sou afeita à mudanças e talvez maiores ocorrerão...esperar pra ver se vai me sobrar coragem...

Voltando ao Arcade Fire...sempre volto a ouvir quando as coisas estão meio cinzas...mas sei lá. Estranho isso que estou sentindo...parece que as coisas vão tomar rumo...mas ao mesmo tempo sinto que estou velha demais pra viver nessa incerteza...de empregos não definidos...
Melancolia do cacete...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Bomdia 2

Voltando a falar de Fabíola, ela fez um comentário curtinho na postagem que escrevi sobre ela, entretanto, me mandou um sms cheio de amor...rs. Como a Vanessa aqui, professora que é também ama manifestações públicas de afeto, transcreverei aqui o sms. Nem perguntei se podia.
Vamos lá:
"Adorei a declaração de amor, mesmo não achando que seja tudo isso, mas gostei muito e me deu um rebuliço no coração! Também sou feliz por saber que você faz parte da minha vida e da minha história e que assim continuará sendo! Te amo assim de um jeito sem palavras...só sei que sinto uma alegria transbordante quando penso na sua existência e no quanto somos felizes em nos possuir."
Não é mole não, baby! Aqui é família, aqui é corinthians! É nóis!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Bomdia


Minha prima Fabíola merece o sobrenome que tem...além de ser honrada pelo Silva é claro, tem também o Bomdia. Foi um erro no cartório, mas que se encaixou perfeitamente. Ela é professora e atriz, melhores profissões também não poderia ter, gostando de ser amada do jeito que gosta...rs. A verdade é que a Fabíola tem um coração maior que o mundo, faz qualquer um morrer de rir, tem sempre um bom conselho pra dar...coisas que você não encontra em qualquer lugar. Tenho muita sorte por ela pertencer à minha família, pois por mais que o tempo passe ou o mundo caia sobre as nossas cabeças, a gente não vai se perder. Nessas férias ainda descobri nela mais uma profissão, a de fotógrafa...rs. Sensível que é, também tem um olhar incrível pra fotografar. Essa aí do lado é dela.
Te amo Fabs.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Sofrer por amor é peidar na farofa.

Ela assistia às novelas, via os personagens chorando (por amor) e se odiava por fazer parte desse coro.
Mas ela sabe o quão ridícula é por isso e também julga ridículas as outras pessoas que o fazem.
Enquanto uns comem terra para saciar a fome, outros choram por amor. Choram por que o filho da puta do outro não tem a mesma vontade de estar junto, por que o filho da puta do outro não lhe rende carinhos e não satisfaz seus desejos fornicalescos.
Sofrer por amor é peidar na farofa*.
Ps: Mas a dor de amor é física e de difícil controle. É uma doença que na maioria das vezes, não há imunidade que proteja o corpo de quem a sente.
* peidar na farofa é mais uma das falas da minha querida prima fabíola que ilustrou como ninguém o que eu fiz na madrugada do dia dezenove de dezembro passado.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Quem tem preguiça de viver?

Esse blog demora pra ser atualizado, pois não tenho internet residente e às vezes o que posto aqui já está atrasado também, por que escrevo algumas coisas a mão e só depois, bem depois posto aqui. Esse, é um escrito do dia 27 de dezembro. É que nesse dia, indo de três lagoas a andradina, alguns dias depois de acontecimentos mui desagradáveis, algo que gosto muito aconteceu: perceber o que se passa na minha vida...tudo o que estava fazendo, há tempos, é ter preguiça de viver. O sofrimento todo inventado se resume nessa preguiça que eu tenho (e que tenho vencido dia a dia) de viver as coisas, as pessoas, as situações. Escolha boba que não me trouxe a tranquilidade que supunha obter me comportando dessa maneira. Depois de um tombo que eu mesma me dei, tive um insight e como um viciado que comemora ficar limpo por mais um dia, também busco dia a dia não cair nessa preguiça.

ui delícia. me amo.